quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Consciência Universalista, Meditação e Energização




A CONSCIÊNCIA UNIVERSALISTA exige muito respeito pela vida e muita compreensão. Todos temos a tendência natural de criticar ou condenar o que é contrário às nossas crenças e costumes. Por isso, ser universalista, ou ter a consciência universalista, é algo realmente, muito difícil. No entanto, podemos adquirir essa consciência.
Aqui na Terra, ao longo de várias civilizações que apareceram e desapareceram, a consciência universalista tem sido uma jóia rara, dificilmente encontrada nos seres que vivem e que já viveram por aqui. Por que? Porque, para alguém incorporar em si o universalismo é preciso ter adquirido respeito por si mesmo, uma auto compreensão e uma compreensão da vida, de forma tal, que faça com que possamos conviver com as diferenças de temperamento, de crenças, de ações e procurar o ponto de equilíbrio entre as coisas. Para ter-se uma idéia, a maior parte das guerras que surgiram em nossas civilizações, surgiram porque os líderes e os habitantes dos países, dos continentes, não tinham a consciência universalista. Se tivessem essa consciência não teriam surgido as guerras, ou melhor, a maioria das guerras, visto que o simples fato de alguém respeitar o ponto de vista alheio é uma manifestação de consciência universalista.
Se alguém nos fala algo e isso nos agride, queremos, de alguma forma, revidar e agredir a pessoa. A agressão pode ser de ordem mental, com pensamentos depreciativos, ou maledicentes. Pode ser agressão física, através de palavras ásperas, rudes, ou até, pode ser por agressão corporal. Isso acontece, porque há diferenças de opinião e de vontades. Essas diferenças não podem ser motivo de atrito, quando desejamos desenvolver uma consciência universalista. Muitas vezes, as pessoas acreditam que o universalismo é simplesmente extrair das religiões o que elas têm de bom. Mas a essência do universalismo não é, simplesmente, isso. É preciso compreender, que o fato de não tolerar a diversidade de opiniões, o fato de condenar, de depreciar, de ironizar, de satirizar ou enfim, de ser maledicente em relação àquilo que é diferente, anula qualquer manifestação de consciência universalista.
O universalismo adquirido ao longo de muitas e muitas vidas, isto é, tal consciência precisa amadurecer muito para adquirir a tendências universalista. Espíritos novos, no reino humano não têm como serem universalistas, por quê? Porque o universalismo é desapego, também.
Procurarei exemplificar um caso simples de falta de conscência universal. Quando alguém demonstra um ponto de vista extremamente racional, não é emotivo, filtra tudo pela razão, para então expressá-lo, seja através de idéias ou de sentimentos, terá, muitas das vezes, grande dificuldade, se não for universalista, em lidar com pessoas muito emotivas, que por qualquer coisa se perturbam emocionalmente, que choramingam demais, que demonstram comportamento, predominantemente, emocional. Então, há uma tendência da pessoa muito racional ser intolerante com aquelas que são muito emotivas. Por que essa intolerância? Essa intolerância aparece porque a pessoa se sente irritada por aquele comportamento muito diferente do seu.
Uma pessoa universalista aprende ao longo da vida, por milênios e milênios de encarnações, a aceitar as pessoas como elas são, ou melhor dizendo, como elas estão. Porque essa diversidade toda acontece muito em função do estar e não tanto do ser. Portanto, cada vez que nós nos encontramos em situações onde o meio externo, seja uma pessoa, seja um acontecimento ou muitas pessoas serem muito diferentes de nós, e nós procurarmos aprender algo que melhore nossa vida, através da diversidade que se manifesta nas outras pessoas, nós demonstraremos ser possuídos da essência do universalismo. E aquele que se torna lúcido a respeito do universalismo, torna-se consciente. Portanto, hoje temos muita dificuldade, em nossa vida, de manifestarmos universalismo, principalmente quando alguém ameaça a nossa vida, quando alguém desrespeita nossa dignidade, quando alguém nos toma por algo que não estamos ou não somos.
Muitos de nós, em vidas passadas, já lutaram por terra, por política, matando ou morrendo nas guerras de civilizações passadas. Até que se chega a um ponto em que amadurecemos e compreendemos que na vida o importante é o que fazemos e não o que as pessoas fazem. Nós precisamos aprender a respeitar a diversidade de pensamento, de crenças, de cor, de nível cultural, de nível social. Por que? Porque dessa forma podemos criar uma vida mais harmoniosa para nós, o que para a época em que estamos vivendo é bem mais proveitoso. As guerras, como as havia no passado serão cada vez menores. Somente as guerras locais irão continuar, até o início da transição planetária. Mas hoje, está sendo travada uma guerra invisível. Todos a sentem, apesar de não ser possível verem-se claramente as armas, os feridos e os mortos.
E há, também, uma guerra travada em nossa vida: é a guerra dos temperamentos muito diferentes, que se atritam. É a guerra, em que filhos agridem os pais, e onde os pais agridem os filhos, porque são diferentes. E por se acharem diferentes, não acreditam que possam conviver uns com os outros. Em certos casos, realmente, não há como conviver. Mas a parte de nós que é o nosso Ego, para conviver com os outros em uma forma de consciência universalista, pode ser modificada. Nem sempre a solução é ficar a muitos quilômetros de distância de certa pessoa. Muitas vezes, a solução é simplesmente deixar a pessoa falar o que quiser, simplesmente, isso. Agora, seguir e concordar com o que as pessoas falam é uma coisa que só nós podemos determinar, isto é, se queremos ou não queremos atendê-las, submetendo-nos aos seus pontos-de-vista.
É comum as pessoas que têm uma personalidade muito forte impor demais o que pensam, o que sentem, no que acreditam. Nessa imposição, sem querer, ou de forma inconsciente, massacram as pessoas que as ouvem, as que recebem a transmissão daquele conhecimento ou daquele ponto de vista. E ao massacrarem as pessoas, mentalmente, verbalmente, com argumentos até convincentes ou com agressões emocionais, verbais, a consciência universalista desaparece, seja de quem é massacrado ou daquele que massacra.
Então, é comum, ao termos nossos pontos-de-vista questionados, através de argumentos muito fortes, serem eles abalados e não termos mais segurança naquilo em que acreditávamos. Outras vezes, estes argumentos contrários, apesar de não gerarem insegurança, geram agressividade e repulsa em nós, pelo seu desrespeito às nossas crenças. Quer dizer, nós sempre tentamos impingir mais a nossa vontade do que a outra pessoa nos impor a dela, para que não tenhamos abaladas as nossas crenças.
No cotidiano, convivemos com nossos familiares, com os que nos são íntimos, ao longo de dias, meses, e anos. É com eles, que precisamos exercer o universalismo. Depois, a consciência universalista deve ser estendida para as pessoas da rua, para o trabalho, para o meio social, em geral. Através dessa prática constante, onde nós, ao sermos agredidos pela imposição de alguém, simplesmente avaliamos, se devemos ou não seguir a isso? Nós temos livre-arbítrio. Então, seja, não queremos. Não é preciso atender o que nos é dito, se não quisermos. Também, não é necessário dizer que não concordamos, para não gerar atrito. Simplesmente, podemos calar.
Essa história de dizer: “quem cala consente”, não é verdade. Muitas das vezes, quem cala está poupando energias que gastaria se entrasse em atrito, visto que quem impõe não expõe. Quem impõe, quer falar, quer ter a razão, não quer ouvir, não quer ter coerência, não quer ter discernimento. Quem expõe, com educação, não está determinado a querer que os outros concordem com ele. Quem expõe, não impõe. Então, uma pessoa que expõe, não agride a diversidade de opinião dos outros. Somente quem impõe é que agride a diversidade do outro. É como alguém que olha para um prédio e diz que aquele prédio é lindo e quer que a gente ache o prédio bonito, também.
No entanto, essa noção de beleza é relativa. Todos sabem que a beleza está nos olhos de quem vê e não tanto nela (na coisa), em si. Portanto, no que diz respeito ao relacionamento, quando pessoas e grupos adotam o universalismo, eles minimizam, por demais, os atritos. Não digo que venham a eliminar os atritos, visto que as pessoas se unem por afinidade, e se repelem, por antagonismo. Se o atrito é oriundo apenas de uma parte, naturalmente, será minimizado, diminuído, e seus efeitos e conseqüências, também, serão reduzidos.
Falemos, agora sobre o universalismo religioso. Há muitas religiões aqui na Terra. Existem ateus que não acreditam, que exista Deus ou uma Inteligência Superior que coordene toda a vida ou que haja um mantenedor de toda a vida. O ateu descrê de tudo que se refere a Deus. No entanto, existe muito pseudo-ateu, que na verdade é mais religioso do que muito religioso nominal. Por que? Porque o importante não é acreditar simplesmente que Deus existe, mas é muito mais importante, ‘cumprir as leis da criação’. Existem muitos ‘chamados ateus’, que têm um código de ética que muitos religiosos não têm. Quer dizer, eles não querem causar dano às pessoas; eles querem proteger a vida; eles não querem roubar; eles não querem ser injustos; eles não querem agredir. Não estou falando de todos os ateus. Estou falando de alguns.
Em todas as religiões ou determinadas classes existem as exceções. Então, não quer dizer que uma pessoa que siga determinada religião, seja uma representação exata da totalidade daquela religião, não. Qual a função das religiões? A cultura popular muitas vezes não gosta de falar em religião. Logo, a maioria acha a pessoa religiosa alienada ou que está usando de subterfúgios para diminuir a sua consciência em relação à culpa sobre erros cometidos ao longo da sua vida. A religião foi constituída, aqui, no nosso mundo, para ligar-nos ao Criador da vida, ao Mantenedor da vida, para que pudéssemos encontrá-Lo e seguir as leis da vida, para, então, viver em harmonia com a vida. A religião foi feita para nos ligar ao Criador Absoluto, porque nós nos desligamos d’Ele e precisamos ser religados a Ele.
No entanto, existem muitos níveis de se religar ao Criador Absoluto. Existem níveis que são mais próximos, e existem outros, que são mais distantes. Por serem diferentes os níveis evolutivos das pessoas, não tem, como todos os seres humanos apresentarem o mesmo grau de evolução ou de educação. É a mesma coisa como vestir uma roupa de criança em um marmanjão. Vestindo-lhe uma roupa de criança, aquela roupa ser-lhe-á muito apertada.
Aquele que acredita professar a religião verdadeira, que todos devem seguir, é a mesma coisa como alguém acreditar ter uma roupa que todos devem vestir, não importando se o número da roupa não seja o número da pessoa. Então, isso seria bastante incoerente.
Portanto, a consciência universalista é uma característica dos que já amadureceram, dos que já aprenderam a respeitar os diferentes níveis de evolução dos seres humanos. Portanto, existe a religião católica, que é uma das mais conhecidas no ocidente, uma das mais adotadas. Dentro do Catoliscismo existe o praticante e o não praticante. Há, também, o protestantismo, que é uma das linhas que se fragmentou do Catolicismo. Há o Budismo, o Induísmo. Há muitas e muitas crenças. Temos ainda o Islamismo. Cada uma das religiões são baseadas no conceito de amor ao próximo, de respeito à vida e na busca de Deus. Todas as religiões são baseadas nisso.
Naturalmente que existe, como na Matemática, as contas mais simples para aqueles que estão iniciando; depois virão as equações intermediárias, até chegar às equações mais complexas, que só alguém que domine muito a matéria poderá compreender. Seria amoroso admitir que uma criança iniciante no aprendizado das contas de somar, soubesse resolver uma equação matemática complexa, que só alguém freqüentando Faculdade teria condições de resolver? Não é. Assim, na ânsia de, muitas vezes, querer ter razão, e de querer impô-la, em algum assunto, acabamos agredindo as pessoas.
Devemos compreender que cada pessoa está num determinado nível evolutivo. Muitas vezes, a pessoa quer estar num nível superior e não consegue. Outras vezes, a pessoa não quer estar em determinado nível, mas nele está. Quantas pessoas não dizem, assim: oh, meu Deus, se eu não tivesse essa consciência que tenho, eu faria muitas coisas. Mas a minha consciência não me permite fazer. Essa pessoa está num nível, em que nem sempre gostaria de estar. Porque, segundo o nível consciencial, há certo grau de entendimento que não permite cometer determinados erros. Aqueles que têm nível evolutivo inferior não apresentam grau de discernimento que permita compreender que todas as religiões cumprem seu papel importantíssimo de religar o ser humano ao Criador. Na verdade, são muitos os caminhos que conduzem ao Criador Absoluto. Muitas vezes, alguém pode afirmar: ah, mas esse aí está indo pelo caminho errado. Eu não posso ver isso e ficar calado. Por que? Porque, para alguém amadurecer e perceber que determinado caminho não leva ao Criador, ele precisa ter percorrido muitos caminhos. Porém, enquanto ele ainda não tiver adquirido maturidade sobre a experiência dos caminhos, ele não terá as respostas e as certezas. Enquanto houver a dúvida, enquanto houver o desejo de realizar uma ação, ainda não haverá condições de compreender a realidade de que tudo leva a Deus.
Portanto, se alguém está numa religião, que entendemos ser ainda muito materialista, tenhamos paciência para compreender a importância daquela religião para a vida dessa pessoa. Não existe nada neste mundo que seja inútil e que não cumpra uma função muito amorosa e muito justa. Muitas vezes as pessoas vêm os urubus sobrevoando uma carniça e condenam os urubus por aquilo, dizendo: que coisa feia estar aí, comendo. No entanto, eles cumprem a sua função. Se não estivessem aí, a carne em decomposição, encheria a Terra de micro-organismos nocivos ao nosso corpo. Eles (os urubus) podem ser repelentes, nojentos para nós, mas eles cumprem a sua função de se alimentarem de coisas muito mais nocivas para nós.
Portanto, não é permitido que condenemos as religiões, por suas diferenças nas crenças ou nos rituais. Se, por acaso, as condenarmos é porque ainda não temos o grau de compreensão universalista, isto é, ainda não temos a consciência universalista. É comum, muitas vezes, ouvir alguém dizer: eu estou com a verdade, porque sou um espiritualista; eu conheço os chacras, conheço as energias, conheço o Eu Superior, conheço a personalidade-alma, o EGO, os planos extrafísicos, enquanto que certo religioso não conhece nada disso, e fica, aí, sendo iludido pela vida. Se eu me sentir superior com isso, estou sendo enganado por mim mesmo. Porque existe muito mais vida onde não vemos, do que onde vemos.
Então, quando vemos alguma coisa e pensamos que estamos vendo muito, não estamos vendo nada. Portanto, se houvesse consciência universalista no espírito das pessoas durante a Idade Média, a maioria das guerras religiosas não teriam ocorrido. E as guerras religiosas, ainda acontecem hoje, aqui, e em todos os lugares.
Há pessoas que assistem uma palestra e nem sempre concordam com o que está sendo exposto e acabam se sentindo agredidas. Não há motivo. Todos nós temos as nossas verdades. Mas existe uma verdade que está acima das nossas verdades. Deverá ser aquela verdade imutável, aquela que ainda precisa ser descoberta. Nós vemos apenas parte da verdade, e a descobrimos apenas em parte.
A partir do momento em que, no sentido religioso, aprendermos a respeitar e a ver como é importante cada religião, principalmente para aquele que a segue, iremos conviver mais harmonicamente uns com os outros. Se encontrar um protestante, não vá pensar: nossa, eu não, eu sou espiritualista. Este é o nosso maior erro, querer condenar os outros por não serem e pensarem como nós. Isto é anti-consciência universalista. Eu não vejo a vida sob esse enfoque. Quem apresenta uma consciência universalista mais ampla do que outro, tem a obrigação de respeitar o limite consciencial do outro. Ele pode desrespeitar, mas não deve. Não se deve forçar demais a consciência de alguém. Cada pessoa tem o grau de sua busca. Depende do seu preparo para abrir mais a consciência. Ele vai e busca; pergunta e busca a informação.
A informação não pode vir muito, como se pode dizer, à força. Não devemos nos aproximar de uma pessoa e lhe falar de certas coisas, sem que ela nos pergunte, ou sem que tenhamos certeza da utilidade do que lhe falarmos, ou se isto lhe será benéfico. Com nossa atitude impensada podemos agredi-la. Dar-lhes-ei um exemplo simples. Digamos que alguém que acredite em vida após a morte, que tenha contato com os planos extrafísicos, que movimente energias psíquicas, que trabalhe os chacras, que lide com o lado esotérico da vida, e tenha contato com um religioso, uma pessoa que na fase em que está, busque apenas o contato com o lado intelectual da religião, e lhe fale dessas coisas esotéricas, o religioso nada disso quererá saber. Ele (o religiosos) estará envolvido com certos dogmas da sua religião.
O dogma constitui uma cerca, uma cerca protetora. A pessoa quando aceita e defende um dogma, na verdade ela está pondo uma proteção contra algo que possa abalar a sua fé, abalar a sua crença. Quando alguém impõe demais para outro que tem um dogma, ela está ameaçando a proteção da pessoa. Ela terá a tendência de agredir. Digamos que alguém bem esotérico, alguém que tenha contato com coisas espirituais, energéticas, etc., tenha contato com certos religiosos, estes considerarão o esotérico e suas coisas como que demoníacas. Se o esotérico sabe que não é adequado expor tais coisas em certas circunstâncias e não as expõe, todos podem conviver, pacificamente, ninguém impondo nada a ninguém. Na maioria das vezes, podem, até, conversar muito harmoniosamente, e ter inclusive uma simpatia recíproca. Mas se aquele que abriga certas crenças que o outro não aceita, abrir a boca para expor as sua crenças, ele estará gerando atrito, imediatamente.
Sempre falei que deve-se respeitar e não expor, inadequadamente, os nossos pensamentos e convicções, principalmente as idéias religiosas. Expor inadequadamente é imposição. Quer dizer, que numa conversa com outra pessoa, esta expõe a religião em que acredita e você sabe que o que você defende, espiritualmente a ofende. Isso atrita a conversa, (não é intencional, é simplesmente que a outra não aceita e não respeita) por você expor a sua idéia, sem necessidade. Esta é uma atitude que não é universalista.
Mas quando seria necessário expor o nosso ponto de vista? Como podemos ter esse grau de discernimento. Quando é necessário e quando não é necessário? Digamos que será necessário expor e conversar sobre a sua Verdade, quando alguém busca saber daquilo que você sabe. Este é o momento, em que será necessário falar, mas tudo dosado. Se alguém chega com fome, e lhe pede alimento, dê o necessário para saciar a sua fome. Não dê muito acima do necessário, porque gerará uma congestão alimentar. Nem todos nós estamos preparados para nos alimentar de muito conhecimento. Dará uma congestão mental. Gerará uma instabilidade mental.
Portanto conviver com familiares, companheiros, companheiras, esposas, maridos, nem sempre é fácil. Poucas vezes os familiares estão preparados para aceitar aquilo que nós aceitamos. É preciso respeitar os que não estão preparados e filtrar aquilo que pode ser transmitido, porque senão, mesmo sendo verdade, causará muito mais dano do que se ficássemos calados. Ah, mas eu descobri uma coisa que é maravilhosa. Exporei isso para todo mundo. Isso é uma grande ingenuidade e gerará muito problema, porque precisamos respeitar os níveis conscienciais de cada ser vivo. Demonstrar a consciência universalista é respeitar o nível consciencial das pessoas.
VOU REPETIR: DEMONSTRAR A CONSCIÊNCIA UNIVERSALISTA É RESPEITAR O NÍVEL CONSCIENCIAL DAS PESSOAS.
Certa vez, uma pessoa muito experiente na área espiritual, que tinha muito desejo de sempre expor o que sabia, expôs demasiadamente o que sabia para quem sabia muito mais do que ela, e, assim, desperdiçou tanta energia e se passou por alguém que pouco sabe. Porque se fosse universalista, não teria desperdiçado tantas palavras e tanto conhecimento com pessoas ou com uma pessoa que não tinha perguntado, que não tinha se disposto a aprender ou a escutar determinadas coisas. Nós, muitas vezes, na ânsia de expor o que sabemos, acabamos impondo e gastamos energia, tempo, esforço, oportunidades e possibilidades, por não sabermos adequadamente transmitir o que sabemos ou o que acreditamos saber.
Quando alguém nos fala certas asneiras, coisas que para a gente é asneira, procuremos entender o porquê dessa pessoa estar dizendo tanta asneira. Procuremos compreender o porquê ela estar dizendo as coisas que diz e tolerá-las e respeitá-las. É preciso compreender que é importante a pessoa falar sobre aquilo. Quem mais impõe determinadas coisas, é quem mais precisa daquilo que está impondo.
Quando vemos uma pessoa combatendo demais alguma coisa, digamos certo vício de caráter ou vício de hábito alimentar ou corporal, ela, no mínimo, ainda é escrava dessas tendências ou já foi num passado recente. E, assim, ao falar, ao exteriorizar o seu pensamento, de forma enérgica, muitas vezes, até desrespeitosa, acaba por saciar em si e fortificar em si a crença naquilo de que tanto fala. Quer dizer, geralmente, quando impomos algo, é porque aquilo não está muito fixo em nós, não está ainda cristalizado em nós, estamos fortalecendo aquilo em nós.
Portanto, cada vez que vemos alguém falar, insistentemente, sobre algo, podemos ter certeza que se é falado de forma desnecessária, é porque aquela pessoa é quem mais está se beneficiando com o que fala. É como, quando a gente pretende fazer alguma coisa, e falamos para um amigo o que iremos fazer. Aí, você fala para outro amigo, que vai fazer isso. Você se escuta tanto, que acabará fazendo aquilo. Você acaba tendo forças para fazer o que diz, isto é, aumenta mais a sua força de fazer aquilo.
Se houver inveja, aí, se falar com outros, dificulta o processo de se fazer algo. Então, no caso dos invejosos é melhor não falar nada, porque a inveja gera formas- pensamento negativas. Essas formas-pensamento são projetadas para a aura da pessoa e toda vez que a pessoa pensa em fazer certas coisas, essas formas-pensamento criadas pelas pessoas invejosas que não querem que ela faça, a envolvem, ‘amarrando’ o processo da realização. O poder da inércia, assim criado pela inveja, aumenta muitas vezes. A pessoa não consegue realizar os movimentos corretos para a realização. Então, toda a vez que pensa em fazer algo, não consegue, porque existem muitas pessoas desejando que ela não realize. Ela precisará aumentar muito mais a sua força para fazer o que deseja.
Assim, quase sempre, quando ouvimos alguém falar insistentemente, e desnecessariamente sobre algo, é porque ela ainda não acredita naquilo, isto é, no seu projeto. Ela precisa ter certeza daquilo ou dominar aquela área. Portanto, quem mais reprime é quem mais precisa ser reprimido, no caso. Na verdade, ele está reprimindo no outro o que está reprimindo em si mesmo.
Abordemos o vício. Qual a utilidade do vício? A utilidade é ver e sentir, que ele gera muito sofrimento e que é melhor não tê-lo. Mas, ele só saberá que é melhor não tê-lo, quando o tiver por um longo tempo e os danos forem muito maiores do que o prazer, que proporciona. Quer dizer, se o sofrimento for maior do que o prazer proporcionado pelo vício, ele – o sofrimento - faz com que a gente amadureça e abandone o vício.
A consciência universalista é algo tão simples, mas tão maravilhoso, que faz com que as pessoas se unam. Ela é o ponto de coesão. É onde a adversidade faz as forças se unirem. É a mesma coisa, que, se numa empresa todo o mundo fosse chefe; já imaginaram a bagunça que seria? Ou, se todo mundo fosse, digamos, empregado ou subalterno, sem nenhum chefe? Ninguém tomaria decisões ou todos quereriam tomar decisões. Portanto, é preciso respeitar a diversidade que forma a unidade. Ao respeitar esta regra ou lei, nós aprendemos a criar harmonia. É difícil. Bem sabe disso, quem tem que conviver com alguém todos os dias, ou com várias pessoas, que têm pontos de vista diferentes.
Temos, muitas vezes, a tendência em querer que as pessoas pensem como nós, sejam como nós. Mas isso não é possível. Os seres, quando vão evoluindo, vão perdendo a sua individualidade. Simplesmente, vão aprendendo a respeitar cada vez mais a diferença que há no outro. Então, se uma pessoa gosta de vermelho, adora vermelho e o outro gosta de preto? Que mal há nisso? Ah, não, eu não vou ficar com aquela pessoa, porque ela só gosta de falar desse tipo de coisa, de falar palavrão. Não quero nem chegar perto daquela pessoa. Eu passo a quilômetros de distância.
Então, quando alguém dentro dessa diversidade de conceitos e práticas faz algo destrutivo, não será o que faz algo de construtivo que irá corrigi-lo, e, sim, as leis de ação e reação. Quando evoluirmos, aprenderemos isso: não somos nós que educamos as pessoas. São as leis que educam as pessoas. As leis são vivas e inteligentes e não erram de endereço, como são as leis do carma, por exemplo.
Portanto, a consciência universalista respeita tudo e todos. No entanto, há certos limites. Por exemplo: uma pessoa que preza muito sua saúde, mas tem um amigo, ou um conhecido ou um colega que não preze tanto e tem um hábito de fumar. Digamos, que ainda é um hábito, não é um vício. Porque um hábito é classificado como algo que não cria dependência e a pessoa pode modificar facilmente. Quando a pessoa já não pode mais parar facilmente, já é um vício.
O que significa parar facilmente? A partir de agora não quero mais fazer determinada coisa e não a faz mais. Isso é um hábito. Ah, eu quero parar, mas eu não consigo, isso já não é mais um hábito, deixou de ser um hábito e passou a ser um vício. Quer dizer, é algo, que gerou dependência. Trata-se de algo, que controla o comportamento da pessoa. Então, quando a pessoa controla o que faz, será um hábito e não vício. Será um vício, quando a pessoa é controlada pelo que faz. Essa é a diferença.
Digamos, que uma pessoa fume. Se ela encontrar outra pessoa que não fume e não respeitá-la e ficar fumando perto dela, jogando fumaça ao ar, a outra pessoa pode se considerar prejudicada. Não será falta de consciência universalista o fumante ter contato com outra pessoa, que seja fumante, também. O respeito existirá quando não somos atingidos com a ação do outro. Atingidos, que eu falo, é de uma forma que não temos como nos proteger. Então, se alguém faz algo que nos prejudica e não podemos nos proteger, isto é, não temos meios de neutralizar o dano que aquela maneira de ser daquela pessoa nos causa, então não temos como conviver com aquela pessoa. Se a convivência com outras pessoas é obrigatória de forma tal que não dependa de nossa vontade, haverá aspectos cármicos envolvidos, ou cumprimento de uma missão ou pode representar uma prova, fatos esses, que precisam ser analisados.
Digamos que certa pessoa está falando de política e a gente não goste de política. Ela está falando, que fulano de tal, político sicrano está fazendo determinadas coisas com a qual não concorda e nós escutamos, tranqüilamente, sem nos envolvermos, sem dar muita importância ao fato, mas escutamos, com respeito. Por outro lado, também, não colocamos lenha na fogueira; isso é consciência universalista. Se uma pessoa começa a falar de política e exigir de nós participação, nós não precisaremos pegar uma bandeira para fazer passeata. Nesse caso, se não concordamos, não é falta de consciência universalista, não.
O universalismo respeita a ação do outro, mas não apóia ou incentiva ou participa da ação do outro. Quer dizer o seguinte: uma pessoa, digamos, no sentido religioso, pode respeitar uma religião. Mas o fato de respeitar, não fará com que ela seja obrigada a participar daquela religião. Ela até pode ir, se quiser. Muitas vezes, quando a pessoa tem uma consciência universalista, ela visitará aquela religião, pois sabe que é importante para a outra pessoa, ela ir. Não lhe custará nada nem lhe causará nenhum dano. Ah, eu vou. Não tem problema. Será importante para a outra pessoa e não lhe causará dano. Ela irá por amor que tem pela outra pessoa e não por causa daquilo, de uma pseudo-verdade, que já não representa mais nada para ela.
Portanto, a consciência universalista é uma verdadeira diplomacia espiritual, sem hipocrisia. Mas, muitas vezes, a pessoa finge estar, diplomaticamente, lidando com a diversidade de opiniões, mas por dentro rumina e remói pensamentos feios. Aí, não adianta nada, porque está infringindo a lei, gerando atrito. Os nossos relacionamentos não podem gerar atrito, de forma alguma, principalmente para quem quer ter ou desenvolver uma consciência universalista.
Retomando o ponto da necessidade de termos discernimento, a consciência universalista não nos obriga a agir de acordo com o que as outras pessoas queiram, isto é, que nós ajamos de acordo com suas imposições e desejos e a gente vá lá e faça exatamente o que eles queiram, não. Então respeitar a diversidade de opinião de outrem, não é querer encampar essa opinião ou atender os desejos dos outros.
No entanto, poderemos observar uma coisa, que os que desenvolvem em si a consciência universalista, escutam e respeitam o ponto de vista alheio. Mas você observará, também, que as outras pessoas nem sempre respeitam o seu ponto de vista.
Darei um exemplo simples, simplíssimo, para quem está no caminho da introspecção. Introspecção, quer dizer: conhecer-se a si mesmo, é desenvolver a consciência universalista. Muitas vezes, na família, você acorda num certo dia, e você estará mais introspectivo naquele dia. Quer ficar caladinho, quieto. Não quer ficar conversando. Muitas vezes, você está assim tão compenetrado que não quer nem explicar o porquê de estar compenetrado e as pessoas ficam pensando que você, por estar calado, está mal humorado ou está com raiva de alguém, com alguma coisa contra alguém, isto somente, porque você está introspectivo, quieto.
Quando alguém fala, nós podemos ter o grau de universalismo para respeitar, escutar e não nos chatearmos, quando alguém fica lá falando ‘abobrinha’, falando besteiras que não são importantes para nós, mas que respeitamos, não falando para a pessoa: “cale a boca, fique quieta”. Então deixe a pessoa falar, falar, falar, falar. Se você se cansar, afaste-se; vá fazer outra coisa, mas não fale para a pessoa se calar. No entanto, quando você cala e fica muito calado, a pessoa pensa que você está com alguma coisa contra ela. Geralmente está chateado, está ressentido com algo, e aí te cobram para falar alguma coisa. Assim, sorria, mostre os dentes, alegremente.
Então, ter consciência universalista, significa, que mesmo quando alguém está calado, quieto, a gente respeite a atitude do calado. Ah, mas eu estou com sentimento de culpa. Vá, que eu falei alguma coisa, de que a pessoa não gostou e ela está chateada comigo. Nós temos essa tendência. Porque a gente erra tanto, que nem sempre sabe onde é que errou e quando errou.
Então, simplesmente, é necessário procurar não errar tanto, diminuir o aspecto do erro. Portanto, quanto mais nos vigiamos, menos nos impomos. Assim, se nos vigiarmos, nada teremos do que sentir culpa, nada. Por que? Porque a gente vasculha, a gente vê porque a pessoa está calada; a gente se pergunta, se fez alguma coisa de errado? Não, não fiz. Então ficarei tranqüilo. A gente deseja que as pessoas exponham aquilo que nós queremos. Isso é que dificulta muito a consciência universalista. Por que a gente espera que as pessoas nos apoiem? Para quê? Para que não sintamos remorso de alguma coisa e não nos causemos dor, porque o remorso gera dor, o sentimento de culpa gera dor, e nós queremos aliviar a dor.
Muitas vezes, somos gentis com alguém, não por amor, mas sim para aliviar a própria dor; isso não faz parte da consciência universalista. Então alguém está calado perto de nós, não quer falar. Respeite o silêncio da pessoa, isso é fundamental. Nós aqui, principalmente, aqui no ocidente, temos uma cultura diferente. Em vidas passadas eu já estive lá no lado do oriente. A cultura lá é muito diferente; muito diferente mesmo.
Aqui, no ocidente, não costumamos respeitar muito as outras pessoas. Lá eles respeitam mais a outra pessoa. Quer dizer o seguinte: Aqui temos muita cobrança para o que as pessoas fazem ou não fazem. Se alguém está calado a gente nem sempre respeita, porque fica com sentimento de culpa, ou se sente agredido. Se a pessoa fala demais, a gente nem sempre respeita, porque acha que a pessoa está nos perturbando. Se a pessoa é imprudente, nós a condenamos porque ela é imprudente.
Quantas vezes, a gente no trânsito, condena alguém. Condenamos aquela pessoa que deixa o carro em fila dupla e a gente quer sair, mas não acha o dono do carro para a gente sair. Quantas vezes condenamos a pessoa que comete certos erros, pensando como é que ela pode cometer esses erros? Errar aqui, é tão comum. Existem diferentes níveis de erro. Nós erramos, muitas vezes, ao falarmos acerca de coisas que eram inadequadas para serem ditas em determinado momento. A questão é que a gente acha que esse erro é mais merecedor de perdão do que a pessoa que agride fisicamente alguém. Então, a gente só olha o erro do outro. Mas a consciência universalista é imparcial, nós vemos as pessoas como iguais.
O que significa sermos iguais? Iguais nos direitos e nos deveres. Mas nem sempre o direito pode ser manifestado e nem sempre o dever pode ser cumprido. Como eu já disse em outras ocasiões: uma pessoa, muitas vezes, pode fazer determinada coisa, mas não deve. Outras vezes, a pessoa deve fazer determinada coisa, mas nem sempre pode, porque inúmeras vezes está impossibilitada, por muitas razões e causas involuntárias.
Mas a consciência universalista sempre vê a situação de forma muito respeitosa, compreensiva, tolerante, e tranqüila. Essas são as qualidades básicas da consciência universalista. Alguém que chegue até nós e pergunte algo, tem o direito de ouvir a resposta. Se alguém chega e nos pergunta algo, e não nos predispomos a responder, não demonstramos consciência universalista. Se nós prometemos para determinada pessoa responder certas coisas, quando solicitados, e a pessoa ao perguntar, nós falarmos, assim: ah, não quero responder. Nós não estamos no nosso direito, porque havíamos prometido, previamente, responder sobre o assunto. Então, estando em débito, temos que responder. Na hipótese de não ter havido promessa de resposta, não somos obrigados a responder, quando perguntados a respeito de qualquer assunto.
Só que a nossa cultura não respeita muito isso. Por que? Porque a nossa cultura segue muito a inconsciência. As pessoas fazem determinada coisa e não sabem porque fazem. As pessoas agem com os outros e não sabem porque agem. A noção de direito e dever não é muito clara na nossa cultura. Quer dizer, que na nossa cultura, por exemplo, falar a verdade é algo muito difícil. Porque temos a tendência a nos ofender muito facilmente. Mas, em algumas circunstâncias, a verdade precisa ser dita, porém, de forma amorosa, respeitosa e suave para minimizar prováveis ofensas que algumas pessoas sentirão.
Então, no meio em que vivemos, uma pessoa chega e nos pergunta algo, mas nós não queremos nos envolver com conversa. Podemos, amorosamente, desviar o assunto sem desrespeitar a pessoa. Isso é fundamental. Primeiro, porque para termos respeito por alguém, precisamos ter respeito por nós mesmos. Muitas vezes, nós não queremos fazer determinadas coisas, mas as pessoas nos forçam a fazer. Nos forçam, por que? Porque, se não fizermos, pensamos assim: ah, ofenderemos a pessoa. A pessoa ficará ressentida, porque eu não posso fazer. Não, isso não é universalismo. Isso não é ser tolerante. Isso é ser conivente, e não respeitar a si mesmo.
Nós só aprenderemos a respeitar o próximo, se nos respeitarmos primeiro. O que é o próximo? O próximo é aquela pessoa que convive constantemente com a gente. É aquela pessoa que a gente nunca viu antes e encontra ali, esse é o próximo. Nós só aprenderemos a respeitar o próximo, quando aprendermos a respeitar a nós mesmos.
Sem respeito, não há universalismo. Então, se nós pensamos, que temos o direito de seguir determinada coisa na vida, de ter conceitos e crenças, porque não permitir esse mesmo direito aos outros. É simplesmente isso. O universalismo está nisso. Ah, mas essa pessoa acredita saber demais, muitas vezes é arrogante e me humilha. Quer dizer, ela me acha uma besta. Ah, vou baixar o orgulho dessa pessoa. Não, as leis de ação e reação é que educam as pessoas. Não seremos nós que educaremos e repararemos os conceitos de alguém, para que através disso nos sintamos melhores, porque tentaram nos menosprezar. Isso não é universalismo.
Muitas vezes, nos meios espiritualistas há pessoas que precisam de ajuda, mas pensam: ah, eu não vou procurar ajuda de ninguém. Eu conheço líderes, que realizam atividades espirituais e que muitas vezes precisam da ajuda de outras pessoas, mas não tem humildade suficiente para pedi-la aos outros. Esses líderes pensam: ah, eu não vou pedir, porque a pessoa sentir-se-á superior a mim. Isso é o que muitos pensam. Mas isso não é consciência universalista.
Quem tem a consciência universalista não separa, mas une forças. Não quer dizer que vá ficar lá, juntinho, um com o outro, não. Não quer dizer, que seguirá o que o outro prega, não. Quer dizer, simplesmente, que compreenderá e respeitará a opinião e as crenças dos outros. Então é fundamental na consciência universalista, respeitar as crenças de alguém. Em síntese é isso.
Uma vez que respeitemos os outros, será maravilhoso. Maravilhoso, por que? Porque iremos ter amigos para sempre. É, para sempre. Exemplificando, você pode ter um amigo, que fazendo coisas com as quais não concorde, mas mesmo assim nutrirá por ele um grande sentimento de amizade. Quer dizer o seguinte. Você pode encontrar aquela pessoa depois de anos e continuar sua amiga. Você pode passar 10 anos sem ver aquela pessoa, e no dia em que estiver andando numa rua e ver aquela pessoa, você não vai atravessar a rua, como que fugindo, e olhar para o outro lado, como acontece muitas vezes. Aquela pessoa não acredita no que eu acredito, então eu não quero nem passar perto. Isso eu vi aqui em Brasília, mesmo. Acontece demais.
Aqui, em Brasília há muita gente de fora, que desenvolveu um certo individualismo frio. Aí, muitas vezes, as pessoas evoluem e mudam de crença e passam a não acreditar mais em determinados aspectos que acreditavam antes, onde conheceram certas pessoas. Depois de alguns anos ou algum tempo encontram essas pessoas do passado na rua, viram o rosto para o outro lado e fazem de conta que não estão vendo. Isso é tão triste, é muito triste. Aí, a pessoa sai correndo, ei, ei, olha eu aqui. Esses fatos acontecem e são tristes demais.
A consciência universalista não tem disso, não. Quando acontecem essas coisas é porque há desrespeito. Não está havendo compreensão necessária, para a continuidade da amizade. Não é maravilhoso, depois de tantos anos, encontrar pessoas de antigas crenças? Falar: Ah, está tudo bem com você?
Mesmo que uma pessoa exponha numa mini palestra o que sabe sobre determinada coisa, e você não concorde, tudo bem; respeite. Conceda a oportunidade para aquela pessoa reforçar aquilo em que ela quer acreditar. Mas, também, não se sinta superior à pessoa palestrante. Caso contrário você estará alimentando seu ego, e dificultará o convívio. Quanto mais o ego cresce, mais o orgulho e a vaidade crescem. Isso atrapalha a consciência universalista. Por que? Porque a vaidade é um sentimento negativo, onde eu quero ser mais do que aquela pessoa. O orgulho é eu acreditar ser mais do que aquela pessoa. Então, o que a outra pessoa sabe eu sei mais. Se eu não sei, fico chateado e vou querer aprender mais para poder vencer o outro. Isso é vaidade e orgulho.
Quem quer ter consciência universalista não pode adotar esse tipo de comportamento para a vida. A consciência universalista, faz com que uma pessoa possa conviver com os mais diferentes meios de níveis conscienciais, sem se atritar com nenhum deles. Há pessoas que se eu falasse a elas o que falo numa palestra, não iam querer me ver nunca mais, isto é, se eu falasse no dia a dia. Mas, não é necessário falar. Para quê, eu vou falar? Certas pessoas não acreditam e condenam totalmente esses conhecimentos. Então, por que iria falar, se não tem utilidade?
No entanto, se eu encontrar uma dessas pessoas em uma palestra minha, eu não cancelarei a palestra, porque a pessoa está na palestra. Esse é o ponto. Quando precisamos fazer algo, de fato, faremos. Mas, quando não é necessário, não faremos. Se soubermos que algo agredirá determinada pessoa, não é necessário externar o nosso conceito, a nossa crença. Não o faremos. Isso é consciência universalista.
Se uma pessoa pede luz, e a gente acende uma luz forte demais, nós ofuscaremos a pessoa, nós a cegaremos. Se acendemos a luz, na proporção certa, isto é, no grau necessário à sua evolução, ela segue o caminho iluminada. Portanto, dentro dos aspectos da consciência universalista, todos nós podemos solucionar os mais diversos problemas de relacionamento.
Onde houver atrito, o seu motivo será a diversidade por imposição de opiniões. É a diversidade de opiniões, que por imposição, impossibilita a convivência pacífica. Porque não há ninguém aqui que não sofra, todos os dias, algum tipo de imposição. É imposição de alguém que quer que a gente acredite. É a imposição de alguém que cobra de nós um comportamento diferente do que temos. A maioria das pessoas age de uma forma e quer que a gente aja da mesma forma, seja no jeito do corte do cabelo, da roupa que vestimos, etc. Tudo isso não importa. No entanto, cortar o cabelo sobre a sopa que a outra pessoa come, isso importa.
Sempre é preciso cuidado com aquilo que atrita com a vida de outras pessoas. Não atritou, não haverá problema algum. Ah, existem pessoas com o vício da maledicência, falando mal de outros. Digamos, que no trabalho, uma pessoa esteja falando mal de um funcionário, e destilando veneno, numa conversa empolgada, e você fique calado, silencioso, só ouvindo. A pessoa percebe que você não está concordando com ela. Ela fica meio indecisa, porque você, também, não está contra-argumentando. Então, para descobrir se você está ou não concordando, a pessoa tem a tendência de dar aquele famoso sorriso conivente.
Como é o sorriso conivente? Alguém fala uma coisa e depois olha para você para ver se você sorri e fizer assim também... Se a pessoa vê que você não deu apoio, há a tendência de se chatear. Mas, mais vale a pessoa se chatear, do que você fazer algo que não quer.
O problema é que nós somos viciados. Quando falo nós, é a nossa cultura, que é viciada em barganhas. Você concorda comigo agora, eu concordo com você depois. Isso é uma barganha, um negócio. A coisa não é tão explícita assim, mas é uma coisa informal, quase que instintiva. Então, você sabe que se não concordar com aquela pessoa, ela poderá não concordar contigo, quando você precisar que alguém concorde contigo. Tem tudo isso implicado! Portanto, é preciso avaliar muito bem as situações envolvidas.
A consciência universalista, também, é desapego. Você vai ter que se desapegar de muitas coisas. Porque há o famoso “rasgar de seda”, não é? Uma pessoa enche o teu ego e você enche o ego dela. Logo os dois estão flutuando no ego. É, tem isso, também? Porque, quando alguém é maledicente com outra pessoa, se você der apoio, saberá que quando, por sua vez, destilar veneno contra alguém, haverá alguma pessoa para ajudar a formar as cobrinhas de ‘formas-pensamento’. Portanto, é necessário desenvolver uma noção de não ser conivente e participante. Farei uma rápida comparação. É um exemplo mesmo.
Conheci uma pessoa que trabalhava num setor, onde havia um tremendo chato, que vinha com conversas que não tem nada a ver, e outras brincadeirinhas. Muitas vezes a esposa ligava e ele tinha a mania de fazer piadinhas e isso foi chateando a pessoa. Ela me perguntou o que deveria fazer? Dei as alternativas: não lhe falei o que devia fazer. Cada pessoa precisa saber o que fazer. Mas eu dei as alternativas do que poderia fazer. Ela que escolhesse o melhor caminho. E o caminho que ela escolheu foi o de demonstrar para a pessoa que não estava gostando da maneira como estava sendo tratada. Então, quando a pessoa tornou a fazer outra brincadeira, ela demonstrou repulsa, respondendo com certa energia. Não foi violento. Não foi desrespeitoso. Não foi agressivo; foi apenas enérgico, utilizando o seu direito. Demonstrou para a pessoa que não estava gostando daquele tipo de brincadeira. A pessoa chata, no caso, ficou duas semanas sem chegar perto e nem fazer brincadeiras. Chateou-se, por sua vez. Depois de duas semanas sem conversar com a outra pessoa, ela voltou gradativamente a ter contato. Só que aí, não era mais com aquelas brincadeiras. Não era mais com aqueles comportamentos desrespeitosos com a outra pessoa. Se nós não soubermos impor limites aos outros, sofreremos com eles. Há pessoas que não tem noção de limites, e poderão nos desrespeitar ao extremo. Naturalmente, quando não temos o poder de mudar isso, precisamos ter tolerância com o desrespeito dos outros. Mas, quando temos o poder de mudar, devemos mudar e nos impor. Mais vale ter uma pessoa que não fale contigo, do que ter alguém que fale demasiadamente coisas prejudiciais. É preciso ter respeito próprio. Mas, na ânsia de ter respeito próprio, não se pode desrespeitar os outros.
Ter consciência universalista é complicado, tendo em vista as grandes variações que a vida nos apresenta. Ela parece simples em síntese. Para entender as múltiplas variáveis da vida, é preciso um estudo mais contínuo e profundo. Não será numa simples palestra que se entenderá as muitas variáveis implicadas. Pode-se, até, pegar a síntese. Convém estudar bem o assunto para compreender a consciência universalista, que nada mais é do que uma tolerância profunda adaptada e adequada ao nosso viver diário, para que este se desenvolva em amor e simpatia, dando nos paz e tranqüilidade.
MEDITAÇÃO:
Agora relaxemos, a fim de nos preparar para a meditação.
A meditação que faremos hoje é uma repetição da mesma técnica que foi dada há algum tempo atrás. No entanto, dessa vez farei um aviso que não foi feito na vez anterior. Pela presente técnica, qualquer bloqueio na região do coronário poderá ser rompido bruscamente, podendo gerar uma leve dor de cabeça, que passará rapidamente. Se alguém estiver com qualquer bloqueio energético na região do frontal, do laríngeo, e do coronário, ao executar a técnica aqui recomendada, desbloqueará as energias. Quer dizer, a técnica da meditação incentivará o desbloqueio. O fluxo da energia, ao forçar o desbloqueio, pode gerar dor corporal que será passageira; ela não persistirá. A técnica, em si, não gera dor. O que pode gerar dor é o desbloqueio que porventura ocorra na pessoa se o bloqueio existir e for rompido muito bruscamente, o que não deve ser motivo de preocupação. Essa técnica pode ser feita todos os dias num período máximo de 5 minutos.
Não recomendo esse exercício para quem já não vem praticando comigo as meditações há algum tempo. A pessoa não deve praticar esse exercício por mais de 5 minutos por dia. Caso pratique mais de 5 minutos por dia, criará uma pressão na cabeça que gradativamente poderá ir aumentando, gerando uma dor de cabeça desagradável. Se o exercício for de 5 minutos diários, os centros de força adaptar-se-ão à voltagem crescente de energia que circulará pelo corpo. Isso fará com que não haja nenhuma dor.
O problema é semelhante ao que a gente tem, quando pega uma lâmpada de uma voltagem de 100 W. e coloca em uma voltagem muito maior do que suporta. Ela queima. Mas a lâmpada do corpo tem uma capacidade incrível de adaptar-se a qualquer voltagem, desde que ela (a voltagem) for gradativamente subindo e não subindo bruscamente. É como aquela lâmpada, em que vai-se graduando a luminosidade com o interruptor. A lâmpada do nosso corpo se comporta assim, mas não pode ser de maneira brusca.
Essa técnica auxilia a nossa evolução. Imagine a evolução como o seguinte: Nós temos dentro de nós, no centro cardíaco – sobre o coração - um centro de força, chamado de centro de força do coração ou cardíaco, ou ainda, de chácra cardíaco.
Quando determinada pessoa entra no reino humano, apresenta o centro de força do coração e outros girando numa determinada velocidade. Cada giro é registrado no núcleo do centro de força. Para cada pessoa esses centros de força giram com velocidades diferentes Quanto mais evoluída for a pessoa, maior será a velocidade dos giros dos centros de força. Quando a pessoa morre fisicamente, essa contabilidade de giros vai para o corpo astral. Se a pessoa morre astralmente, vai para o corpo mental. Se a pessoa morre mentalmente, vai para a essência.
Ao nascer, a pessoa renascerá em corpos mentais, astrais e físicos, mas a contabilidade dos giros dos centros de força (chácras) continuará a mesma de quando ela morreu. Quer dizer, transfere-se dos corpos mais sutis, para os menos sutis (mais densos) o quantitativo numérico dos giros de cada chacra. Se acelerarmos os giros dos chacras (da forma comum para a mais rápida) aumentaremos com isso nossa evolução. Por que? Porque quanto mais rápido o giro do chacra, tanto mais se amplia a nossa consciência e uma consciência amplificada amadurece mais rápido do que uma consciência fechada, uma consciência limitada, pequena. Por isso essa técnica é tão fantástica, porque trabalha a aceleração evolutiva.
A cultura Indu, ou melhor, a religião Indu, a dos yogues estuda muito sobre essa técnica. Essa meditação foi por mim aprendida, em encarnações anteriores, há alguns milênios atrás, lá na Índia, na região do Tibet. Lá é muito usado esse método pelos yogues, para fins de meditação, porque através dessa técnica pode-se acelerar o nível consciencial, isto é, incrementar o nosso nível evolutivo. Então, quem quiser praticar essa técnica pode praticar. Quem não desejar, pode apenas apreciar. Para quem incrementar o nível consciencial desenvolverá determinados comportamentos antagônicos, que precisam ser trabalhados, convenientemente. Essa técnica só é recomendada para quem quer acelerar o nível evolutivo, para quem já está trabalhando o lado do seu comportamento, o seu lado consciencial.
Se uma pessoa leva uma vida muito desregrada, e não quer se educar e faz essa técnica, é a mesma coisa de tomar um estimulante e um calmante ao mesmo tempo. Não será muito bom. Quem não segue um processo evolutivo, e utilizar essa técnica terá suas emoções muito amplificadas, e mais difíceis de controlar.
Vamos à técnica.
Peço a todos que relaxem as pernas e os braços. Procurem respirar de forma suave. Não será necessário transformar a respiração em algo profundo e incômodo. Somente suavizem a respiração. Fechem os olhos; se preferirem podem permanecer com eles abertos; não fará diferença. Façam uma convergência dos olhos fechados para o centro da testa, como se fossem olhar para o meio das sobrancelhas dentro do crânio. Agora baixem os olhos (como num olhar normal- para a frente – mas de olhos fechados) e façam nova convergência. Façam umas dez vezes essa convergência, baixando os olhos e fazendo os convergir para o centro da testa, entre as sobrancelhas; umas dez vezes. Façam isso suavemente.
Depois visualizem uma estrela aparecendo no centro da testa, uma estrela de luz, um sol, uma miniatura de sol. De olhos fechados, relaxem os olhos. Visualizem esta estrela no centro da testa. A metade da estrela está dentro da testa e a outra metade está fora. Coloquem a língua encostada no céu da boca. Visualizem que a estrela desce da testa para o céu da boca, entra pela língua, desce pelos pulmões, vai para a coluna vertebral, e vai até a base da coluna vertebral. Agora, mentalmente, façam o movimento inverso. Suavemente, façam subir a estrela pela coluna vertebral, passando pela região do umbigo, do estômago (plexo solar), do cardíaco, do laríngeo, do frontal até o coronário. Desçam a estrela, novamente, pelo céu da boca, passando pela língua, indo para a coluna vertebral, de onde desce até a base da coluna. De lá, sobe novamente até o topo da cabeça, repetindo-se o movimento de descida e subida por uma série de vezes (umas 10 a 15 vezes ou mais), formando um circuito de energia. Esta técnica é chamada de “Circulação de energia”
- UM SOL DOURADO VISUALIZADO SOBRE A CABEÇA
Visualizem agora um sol dourado, flutuando um palmo sobre a cabeça. A energia, anteriormente visualizada na Estrela, sobe pela coluna vertebral, vai até o topo da cabeça, saindo pelo topo da cabeça, onde visualizem um botão de rosa. Esse botão se abre e de dentro dele aparece uma rosa aberta, donde sai uma energia que é como a energia elétrica. Esta energia vai para o sol dourado, acima da sua cabeça. Depois desce do sol, entra pelo topo da cabeça, desce pela coluna vertebral, vai até a base da coluna, sobe agora pelo topo da cabeça, e entra no sol que flutua. Sintam a energia subindo e descendo; ela atua como um magnetismo. Sintam uma pressão magnética, como um ímã, circulando dentro do corpo, suavemente.
- DEDOS DAS MÃOS ENTRELAÇADOS SOBRE A CABEÇA
Entrelacem os dedos das mãos e toquem com as palmas das mãos o topo da cabeça e façam uma suave pressão, pulsando, apertando suavemente o topo da cabeça e soltando; apertando suavemente, e soltando. Memorizem a pressão, o apertar suave. Sintam a pressão na cabeça; soltem a pressão. Procurem sentir como se houvesse uma pressão de dentro para fora, de baixo para cima na cabeça. A pressão vem de fora para dentro, de cima para baixo, na cabeça. Soltem a pressão de baixo para cima, de dentro para fora. Apertem a pressão de fora para dentro, de cima para baixo. Soltem e apertem.
Visualizem, agora, que a energia sobe, e quando chega no topo da cabeça você solta a pressão, e a energia sai, indo até o sol. Ao descer, você faz a pressão. A energia entra pelo topo da cabeça vai até a base da coluna vertebral. Ao subir, você solta a pressão. Ao descer, novamente, baixe as mãos. Não se pode forçar muito, porque senão a energia fica muito estimulada. Deve ser o suficiente para sentir a pressão. Visualizem novamente, a energia subindo até o topo da cabeça, de lá saindo, para ir ao o sol. Você sente a pressão. Quando a energia desce, você sente a pressão. Quando a energia sobe, a pressão é de baixo para cima; quando desce, é de cima para baixo. Cessemos, agora, esta visualização.
Se alguém sentiu alguma espécie de descarga elétrica suave no cérebro é natural. Aproveitemos a vibração ambiental, que melhorou muito, para fazermos o exercício de Energização.
ENERGIZAÇÃO DUPLA.
Hoje nós vamos fazer uma energização direcionada para a vibração. Faremos em duas etapas de energização. A primeira limpará o corpo; a segunda energizará o corpo.
Outra coisa que preciso mencionar. Só faz o exercício quem quiser. Não há obrigatoriedade, ou pensar que se não fizer, (como muitas vezes acontece, quando se vai a determinados lugares, onde as pessoas fazem coisas, e a gente não quer fazer e tem que fazer para não ficar envergonhado), fica chato. Se não quiser fazer o exercício, não será preciso. Os demais farão o exercício. Peço que façam a emissão de um mantra – 7 vezes. Demonstrarei como se pronuncia o mantra.
Mantra é uma palavra sonora que liga os nossos chacras, a nossa consciência a determinada freqüência de energia que o Criador Absoluto criou no Cosmo. Então, quando pronunciamos um mantra, nós nos transformamos, numa antena receptora. O mantra nos sintoniza, pois nós já somos uma antena. O mantra nos sintoniza com certa freqüência. A freqüência desse mantra é uma das primeiras freqüências ou das mais elevadas dos mundos da forma. No entanto, ele precisa ser bem pronunciado, caso contrário ele não gera a freqüência. O mantra é pronunciado em três etapas. Assim pronunciado ele precisa atuar no sentimento, na ação e no pensamento. (isto é: no corpo físico, no coração e na mente). Ele precisa atingir o cardíaco, o frontal e o coronário. Quando nós fazemos esse mantra, nós visualizamos ele em três etapas. Nós o dividimos em três partes. A primeira parte ou um terço servirá e irá para o cardíaco; a segunda parte ou o segundo terço irá para o frontal e o terceiro terço irá para o coronário. Nós faremos a divisão pelo ar. Ao enchermos o pulmão de ar, nós calculamos o ar que existe no pulmão e soltamos a primeira parte pela boca, totalmente, aberta, visualizando o cardíaco. A segunda parte, quer dizer, o segundo terço do ar nós soltamos visualizando o frontal, e o terceiro terço do ar, visualizamos o coronário.
Quando pronunciamos a primeira parte do mantra, do cardíaco projeta-se um foco de luz, como se saísse uma explosão de luz. Essa luz é lançada para todos os lados, na cor rosa. Quando pronunciamos a segunda parte do mantra, projetamos do frontal uma cor azul anil, uma luz de um azul mais escuro. Quando pronunciamos a terceira parte do mantra, pojeta-se do coronário uma luz dourada.
Faremos 7 pronúncias do mantra OM. Mas primeiramente sensibilizemos as nossas mãos energeticamente. Como é isso. Esfreguemos uma palma da mão contra a outra, visualizando uma chama violeta saindo das mãos. Das mãos sairão raios de energia, que irão para o corpo e o corpo se aquece como se estivesse virando uma brasa e a brasa produz a chama e ficamos como uma labareda na cor violeta. Depois nós nos energizaremos na cor dourada para nos revitalizarmos. Sai das mão, novamente, um raio de energia, só que o raio é elétrico. Este vai para o corpo. O corpo se aquece e vai virando uma brasa dourada, até que surjam labaredas douradas. Assim finalizamos essa energização com as mãos.
Pronunciarei uma vez o mantra, para que todos compreendam como é o mantra. Trata-se do mantra OHM. Depois todos juntos pronunciaremos 7 vezes. A primeira vez que eu fizer não conta; é demonstração. Depois começarei a pronunciar- guiando a pronúncia e todos podem segui-la. Todos sentirão uma vibração a partir da pronúncia do 4º mantra. Essa vibração precisa ser criada, para que possamos gerar energia na freqüência que será indicada. Se a vibração não estiver alta, ao visualizarmos a cor violeta ela não sairá na cor violeta. Para quem não sabe exatamente o que é cor violeta, a cor violeta é um roxo muito suave, mas não é bem o roxo, porque o roxo é a mistura de preto com azul e rosa. O violeta é a mistura de rosa, rosa mesmo com azul mesmo, sem nenhuma mistura de preto. Esse é o violeta originário. Se ficar mais para o rosa, surge o lilás. Então, o violeta é mais azulado que o lilás.
Então, pronunciemos o mantra. Quem quiser usar a mão e tocar no centro de força (chacra), quando estiver pronunciando o mantra, para ficar mais fácil a visualização, pode fazer, também. Por exemplo, quando estivermos pronunciando o mantra relativo ao cardíaco, por a mão espalmada no cardíaco. Quando estivermos pronunciando o mantra correspondente ao frontal, poremos a mão sobre a fronte. Quando for no coronário não será preciso colocar a mão sobre a cabeça. Não tem problema.
Vamos aos mantras. Encham, primeiramente os pulmões, para depois pronunciar o mantra em 3 partes. Vamos para o primeiro mantra da demonstração que apenas eu farei para que vocês vejam como é. Vocês não pronunciam. Só eu. No próximo todos começarão e então faremos os sete mantras de OM.
Vejam como a primeira parte do ar (a primeira terça parte) o som sai somente pela boca. Na segunda parte o ar sai tanto pela boca como pelo nariz, pois a boca permanece entreaberta. Na terceira parte o ar e o som não saem mais pela boca, só saem pelo nariz, quando a boca estará totalmente fechada.
Vamos ao mantras pronunciados em três partes: OHMM..., OHMM..., OHMM..., OHMM...,
OHMM..., OHMM..., OHMM...

SENSIBILIZAÇÃO ENERGÉTICA DAS MÃOS.

Agora sensibilizaremos energeticamente as mãos, passando suavemente a palma de uma mão contra a outra até sentir as palmas das mãos vibrando. Façamos a seguir uma suave elasticidade magnética, aproximando e afastando as palmas uma da outra. Procuremos sentir uma pressão magnética entre as mãos. Ao aproximarem, há uma repulsão; ao afastarem as palmas haverá uma atração.
Elevem as palmas das mãos ao topo da cabeça e visualizemos um raio de energia saindo de cada mão. Será uma energia quase vaporosa energizando todo o corpo. Essa energia desce pela testa, pelo cardíaco, jogando raios de energia, que descem pelas pernas, indo até a palma dos pés, até a sola dos pés. Da sola dos pés o roteiro da energia a circular será em sentido inverso, voltando pelas pernas, pelo tronco, pelo frontal, até o coronário. Esse foi o primeira circuito. Faremos mais 9 circulações, de ida e volta. Agora visualizemos a cor violeta, a circular com a energia. Os raios são de cor violeta, aquecendo o corpo.
A energia, quando chega ao coronário, apresenta uma força magnética maior do que no resto do corpo. É como se estivéssemos com um cocar energético, uma coroa energética. Observem muito bem o coronário, no topo da cabeça. Sintam, como que um relevo energético no topo da cabeça ao passarem as mãos. Desçam, novamente, até a ponta dos pés, até concluírem em 10 vezes. Quando concluírem as 10 vezes, baixem os braços e visualizem o corpo como uma brasa violeta, do qual surgem labaredas violetas. Sintam a energia nas palmas das mãos. Ao concluírem, visualizem-se como uma labareda de cor violeta.
Visualizem toda a energia intrusa, perturbadora desaparecendo do corpo. Visualizem que a sua pele, a pele de todo o corpo, que contenha qualquer energia negativa (que cause dano à pele), seja desintegrada imediatamente. Visualizem, agora, a musculatura, todos os seus músculos sendo filtrados pela energia. A energia desce aos músculos como se fosse uma peneira onde separa e desintegra toda a energia perturbadora. Os ossos, a seguir, começam a brilhar como brasa e a energia negativa toda vai desintegrando, isto é, toda a energia perturbadora, toda a enfermidade vai sendo queimada, desintegrada e sendo carbonizada.
Juntando as palma das mãos em atitude como bem desejarem, visualizem que todo o seu corpo se transforma em luz dourada. Você começa a virar uma lâmpada acesa, dourada e começa a brilhar. Visualize, agora, o seu corpo perfeito. Visualize sua aparência alegre, cheia de esperança, cheia de ânimo. Visualize como você deseja ser, seu estereótipo de plenitude. Visualize sua pele totalmente saudável, lisa como uma seda, saudável como uma pérola, resistente como um diamante. Sua pele vai sendo recomposta. Visualize a junção dos tecidos, as placas de junção dos tecidos, das células. Visualize que eles brilham, brilham e se fortificam. Visualize que a junção seja total, que não exista nenhuma brecha entre a junção das placas de tecido da pele. Visualize a luz dourada como que estando soldando qualquer fissura nas placas da pele, deixando só os poros abertos, mas as fissuras por onde qualquer enfermidade pudesse entrar são fechadas agora.
Todos visualizem as células do corpo como pessoas de mãos dadas, juntas. Algumas estão com as mãos soltas. Visualizem as mãos se tocando, isto é, as células se agregando, harmoniosamente, amistosamente. Visualizem a situação anterior, em que as células estavam brigando umas com as outras e agora se acalmaram. Visualizem a situação em que as células que morreram desocupam o lugar e células novas se agreguem ao lugar. Visualizem toda a musculatura saudável; todas as fibras dos músculos saudáveis, sem nenhuma toxina, sem nenhum ácido nocivo. Visualizem que qualquer tumor seja desintegrado, como se estivesse sendo derretido em uma cratera de vulcão. Qualquer tumor, por minúsculo que seja, por microscópico que seja, todo o microorganismo prejudicial ao corpo começa a ser derretido e desintegrado.
Toda a musculatura está sendo filtrada, transformando-se em tecido puro. Visualizem todos os tendões flexíveis, e resistentes como titânio, como o aço, mas flexíveis como a borracha, e muito resistentes, enraizados à estrutura óssea, enraizados à musculatura. Visualizem, agora, a estrutura óssea com sua formação de cálcio perfeita; os ossos resistentes, absorvendo todo o cálcio necessário, todos os minerais necessários. Eles brilham na cor dourada e se tornam resistentes como o aço, inquebráveis, e saudáveis, sem dor alguma. Visualizem, que todo o corpo está em paz. Nenhuma dor perturba o corpo. Nada que desrespeite este corpo, não lhe causando nenhum dano.
Procurem compreender o quanto esse corpo é importante na sua caminhada para o aprendizado, para viver, para realizar. Procurem compreender a importância de cuidar bem desse corpo, de amá-lo, de não agredi-lo, de protegê-lo. Visualizem todo o aparelho digestivo funcionando bem; o coração revitalizado. Visualizem que os pulmões estão limpos. Visualizem que vocês respiram uma energia que queima toda a impureza dentro dos pulmões e eles se purificam, se libertam. A coluna vertebral, fica totalmente iluminada.
Para finalizar, peço que elevem a palma da mão direita sobre a cabeça e visualizem descendo dela um casulo energético na cor prateada. Esse casulo energético tem função protetora, descendo por todo o corpo, envolvendo a pele, e criando camadas de energia prateada em torno do corpo. Vocês sentem a mão vibrando. O casulo desce até os pés, e se transforma numa esfera protetora em volta do seu corpo, tocando a sua pele. Visualizem que nenhum pensamento negativo de outrem, nenhuma energia aleatória, perturbada, deprimida, possa penetrar nesse casulo, nessa esfera.
Que apenas a tranqüilidade, a paz e o amor penetrem nesse escudo protetor. Que somente a paz, a prosperidade, a harmonia, a alegria, a esperança, entrem nesse casulo. Ele é intransponível por energias negativas e contrárias aos sentimentos agradáveis.
Abaixem os braços. Esse escudo protetor pode ser feito em casa. É importante, porém, fazer a limpeza, previamente. Não adianta nada, criarem um escudo de proteção cheio de formas-pensamento negativas. É preciso limpar primeiro, para depois fazer a proteção. Não façam a proteção com suas auras sujas. Depois de terem limpado a aura, sentirão o benefício.
Daremos, a seguir, alguns avisos. Quem fez o curso de nível I de Projeção Astral, poderá fazer, no próximo dia 7, o curso de nível II. Quem já fez a matrícula, já está avisado. Quem ainda não fez e queira fazer o nível II precisa ter feito o nível I de Projeção Astral. Se não tiver feito o nível I de Controle emocional, não pode fazer esse curso. No dia 14 estaremos realizando ( sábado e domingo) o nível II de Controle Emocional. É onde aprimoramos o Controle Emocional. Podem procurar-nos para informação sobre matrículas. Para quem não fez nenhum curso de Projeção Astral e nem de Controle Emocional haverá um curso a se iniciar no próximo dia 21, sábado. Os detalhes serão dados na palestra que vem que versará sobre a Transmutação Cármica. A próxima palestra versará sobre a transformação do carma. Depois haverá palestra sobre transformação genética. Será depois do dia 21. No dia 21 desse mês, haverá o curso de Transmutação Genética.
Nesses cursos aprenderemos técnicas energéticas para adormecermos ou despertarmos tendências mentais e emocionais, e muitas vezes até físicas dependendo da disciplina que herdamos dos nossos antepassados. Se herdamos algumas tendências positivas e elas não se manifestaram ainda, haverá técnicas de postura mental e energética e de comportamento. É como se ela detonasse dentro de si os gens que ainda não despertaram e que são importantes para ela. Outros gens não são importantes para ela, mas estão com ela. A pessoa quer adormecê-los e para tal há técnicas apropriadas que se aprenderão. A prática pode ser feita em casa e num período muito curto obter-se-á um grande êxito de transformação genética.
É a nossa mente que cria o corpo, as energias mentais e emocionais. Se nós trabalharmos essas energias nós acabamos mudando muita coisa. Não dá para mudar totalmente. Na última vez teve uma pessoa que perguntou, se ela tem como mudar a cor dos olhos? Lente de contato é uma alternativa muito mais simples do que ficar mentalizando a mudança da cor dos olhos. Então, este aprendizado é para coisas mais úteis, digamos, para uma enfermidade genética, como um câncer genético que os antepassados tiveram, e a pessoa os adquiriu por hereditariedade. Ela precisa aprender como isso não se manifestar nela.
Então, eu ensino nesse curso, como evitar isso. Outras vezes os pais eram muito agressivos. Assim, eles adquiriram esse gens de agressividade; precisam aprender a acalmá-los, a trabalhá-los.
No curso de Controle Emocional, a pessoa aprende a controlar, de forma não repressora, as emoções, a fim de ficar mais calminha quando a barra estiver pesada e não explodir, não é? Então, o controle emocional garante isso, ou, pelo menos diminui. Enquanto não se domina totalmente o controle emocional a explosão ainda persiste, até que chega a um ponto em que não explode mais.
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