terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Yoga da Transcendência



Hoje nós estamos aqui com um tema muito importante para a nossa evolução, que é a Yoga da Transcendência. O meio pelo o qual nós nos desvencilhamos da necessidade de nascermos em mundos de sofrimento. Mundos cuja limitação é imposta desde à sua natureza como também às sua leis. A nossa civilização ocidental ela aprimorou-se muito em ligar-se aos objetos dos sentidos. Tudo aquilo que dá prazer visual, auditivo, do paladar, do olfato, do tato é muito apreciado pela nossa civilização. Mas na verdade se não tomarmos um certo cuidado, nós acabamos sendo aprisionados pelas coisas que nos cercam. Nossa civilização está correndo um risco muito grande. De ficar cada vez mais inconsciente, até que a transição planetária chegue. Nós esquecemos que a tecnologia, que os bens materiais precisam se tornar extensão de nós e não nós extensões das coisas. Falar sobre a yoga da transcendência no mundo em que nós estamos vivendo atualmente, é muito difícil. Tanto aqui no ocidente como no oriente. Nós podemos ver que não é a terra que nós nascemos que determina o nosso grau de transcendência. Transcendência do sofrimento, da angústia, da desilusão, daquilo que faz sofrer. A nossa transcendência ainda levará um bom tempo, porque a maior parte das pessoas que vivem atualmente entre nós ou muitas vezes nós mesmos, não estamos conseguindo transcender muitas coisas na vida. Aqui em Brasília pude conhecer pessoas maravilhosas, que buscam a evolução espiritual. Muitas dessas pessoas já buscam tal evolução há muitas encarnações. Em uma dessas encarnações, pode ter sido em mosteiros que a pessoa tenha encontrado o contato com a sua própria essência. Mas quando a gente é jogado em um mundo tão sensorial, fica difícil a gente olhar para dentro de nós mesmos. O conhecimento é muito objetivo, muito prático. Tudo que nós vamos aprender a gente pergunta para que que isso serve materialmente falando? Que aplicação prática eu posso dar a isso para obter mais recursos materiais? A transcendência é um conhecimento tão sutil, abstrato e que eleva a nossa mente a um estado de consciência ligado a essência espiritual, que são poucos que se dedicam a tocar essa percepção sutil. Quando alguém pára para meditar três, quatro horas por dia, pela nossa civilização é uma pessoa alienada. Porque perder tantas horas sendo que podia estar estudando ou trabalhando, fazendo esportes, lazer. Mas não, a pessoa está meditando. A nossa cultura fez o certo parecer errado e o errado parecer certo. De tanto as pessoas errarem nós estamos confundindo diversos valores. Escolas diversas existem ensinando a Yoga da transcendência. Essa Yoga ela tem diversos níveis hierárquicos que possibilitam a pessoa desde o desapego das coisas transitórias, até o contato pessoal, direto com a essência que nos anima a todos. Nós estamos aqui pensando, sentindo, porque a essência imanente, onipresente nos faz existir, nos faz pensar. Existe um mundo onde a única coisa que nós podemos ter contato é o pensamento. Mas enquanto nosso desejo não for saciado, não nos contentaremos vivermos apenas com os pensamentos. Ainda sentiremos uma necessidade mesmo que transitória, esse transitório pode levar milênios, milênios e milênios. Os Avatares estão nos convidando. Nos convidando para voltarmos para casa. Nossa casa não é aqui, mas a gente não pode fugir das responsabilidades do desejo. Mesmo a nossa casa não sendo aqui, precisamos voltar para casa de maneira digna. De maneira justa e amorosa. A nossa casa é o mundo onde não existe a forma. Onde não existe a dor e nem o prazer que provoca a dor. Nós atualmente se ganhamos algo, nos sentimos bem, se perdemos nos sentimos mal. Isto está incutido no fundo da nossa genética, da nossa herança hereditária, da nossa cultura, de arquétipos coletivos, arquétipos pessoais. De toda uma egrégora de costumes que há muito tempo vem nos induzindo a agir desta forma. Não é fácil sair disso, de forma alguma. Muitas vezes a dor precisa nos visitar inúmeras vezes para que a gente aprenda, da forma muitas vezes mais dolorosa, como nos desapegarmos daquilo que nos limita. Não basta sentar, tranqüilizar os pensamentos, fazer mentalizações de energias psíquicas circulando em nosso corpo. Precisamos ter uma postura psicológica de desapego. Aí quando se fala em desapego entramos em uma questão muito complexa. Aqui na terra dos livros que já pude ler, não li muito até agora, mas dos poucos livros que passaram pela minha mão, um que mais conseguiu atrair de mim admiração e dedicação é um chamado "Bhagavad Gita". Trazido por Krishna. A Bíblia é interessante, tanto o velho testamento como o novo testamento. Os livros espiritualistas são muito interessantes, mas no "Bhagavad Gita" consegui ver um roteiro preciso de como se consegue transcender o desejo de reencarnar, o carma de reencarnar , tanto no mundo físico, como nos astrais ou mentais. Imagine um livro que contenha um conhecimento que é de pós-graduação, no entanto está no jardim da infância, o livro. A terra é como um jardim de infância ainda diante de um livro de tamanha envergadura evolutiva. É uma envergadura que é difícil de ser compreendida. Não estou querendo defender aqui, um livro, mas a essência que ele transmite, que é muito complexa de ser captada por quem não escuta a voz do próprio espírito. E mesmo para aqueles que escutam, cada um de acordo com a evolução vai compreendendo no seu nível consciencial. Mas evocando uma passagem do "Bhagavad Gita" sobre estarmos aqui... Nós estamos em uma época de grande turbulência emocional, cultural, espiritual, material... O sofrimento está visitando a cada ser humano, que vive sobre a terra em corpos de carne ou em corpos astrais em dimensões mais densas. E nós reclamamos: a vida é difícil, a vida é difícil... Mas quem quer sair desta vida é que é difícil, mas difícil do que o sofrimento. Porque muitas vezes imagine uma pessoa que se afoga porque está segurando uma pedra muito pesada dentro de um rio. Ele reclama que está afogando, mas ele não larga a pedra, porque o seu desejo é muito forte. Nós estamos nos afogando nesse rio e largar a pedra é muito difícil, porque tudo o nós temos como valores de vida, nos faz sofrer. Reavaliar completamente os nosso valores, é possível, mas o atrito com o meio em que nós vivemos é inevitável. São mundos que se encontram. Um mundo busca se libertar da ilusão o outro mundo busca nos escravizar à ilusão. O que é importante de fato para nós? Muitas vezes estudamos anos e anos e anos, mais de década, para conseguirmos um emprego. Ao conseguirmos ficamos presos à horários, à funções, à ambientes, à ações diversas. Trabalhamos muitas vezes com assiduidade, com receio de não sermos bem remunerados, caso não venhamos a nos dedicar cada vez mais. Gastamos horas e horas todos os dias cuidando do corpo ou dos subprodutos do corpo, seja nosso, seja de nossa família. Isso nos afasta de nós mesmo a partir do momento que passamos a dar mais importância as coisas do corpo, do que as coisas do espírito. E cada vez mais se tornará mais difícil. Feliz daquele que a dor vier e tirar dele tudo aquilo que ele valorizava, mas que era ruim para o espírito dele. Ele vai chorar como dizem, lágrimas de sangue. Porque vai ser extraído dele, sem anestesia, um tumor que estava fazendo doente o seu espírito, o tumor da ilusão, que atrapalha nossa evolução em milênios. Nós precisamos cuidar do corpo, mas precisamos parar várias vezes durante o dia e perguntar: isto que eu estou fazendo de fato eu necessito disso? Não fazer seria negligência? Não fazer seria desapego? É como enxugar um armário. Retirar as roupas que não se usa mais e que só está atrapalhando. É como organizar uma casa tirando as tralhas que não se usa mais. O tempo é precioso. Nós estamos próximos de uma grande mudança externa e interna. Se nós organizarmos a nossa casa interna, que são os nossos valores de vida, aquilo que é importante e aquilo que não é. É recomendável que seja valorizado aquilo que permanece e que jogue para segundo, terceiro ou quarto plano aquilo que é transitório. Se formos nos envolver com o que é transitório, que o transitório seja o envoltório do intransitório, não mais que isso. É como se fosse... a vela é que sustenta a luz, se a parafina da vela acaba, a luz acaba. O nosso corpo é como uma vela. Enquanto nós precisamos iluminar o caminho, nós precisamos da vela. Mas vai chegar o momento em que a luz se libertará da vela. Precisamos estar preparados para o dia em que a luz se libertará da vela. Poderia se dizer que o desencarne seria uma forma de libertação, não a total ainda, porque ainda temos corpos astrais e mentais para nos desvencilharmos. Mas a cada dia precisamos compreender o que, de fato, motiva as nossas ações. Esse mundo em que estamos vivendo, ele está mais hostil a cada dia que passa. O respeito à vida está diminuindo. Isso nos deixa confusos, revoltados e magoados, porque nós gostaríamos que fosse diferente. Mas só o que a gente gostaria que fosse não tem poder de mudar. O mundo não é modificado pela nossa maneira de ser. Nós é que modificamos pela, nossa maneira de ser, a nossa percepção do mundo. Quando nós estamos magoados o mundo inteiro é agressivo, é difícil... Quando nós estamos bem as pessoas parecem não ter maldade dentro delas, mesmo que tenham. A Yoga da transcendência começa desde os princípios de vida que nós assumimos como importantes. Buscar se aprimorar a todos os dias, a todos os instantes. Mesmo que erre, procurar meditar se teria um meio de não errar, ou se escolheu o erro menor. A fase existencial coletiva que estamos vivendo, é uma fase muito dolorosa, porque nós não temos muitas vezes como escolher, não errar. É como a limitação alimentar. É recomendável não nos alimentarmos de animais, porque eles são irmãos de uma evolução muito semelhante à nossa e cuja proteína a gente não precisa dela para viver. Nós podemos obter proteína via vegetal ou diversos complementos alimentares. Quando nós comemos o animal, nós contraímos muito carma, carma este que manifesta-se na nossa saúde a médio e longo prazo. Uma pessoa que não come carne e substitui com vegetais que ofereçam os nutrientes necessários ao equilíbrio do corpo, esta pessoa quase não adoece ou se adoece são enfermidades mais geradas pela adversidade e toxidade do meio, do que propriamente por alguma alimentação indevida. Só que muitas vezes o nosso ego pode levantar uma questão : Ao comermos o vegetal estamos também tirando uma vida, quando a gente arranca um pé de alface.... Quando a gente planta certas é..... Certas culturas que tem que matar a árvore ou a planta para nos alimentarmos. Sim nós geramos carma também ao comemos vegetais, mas não se compara com o carma que geramos ao comermos animais. O carma de comer animal é muito maior e nos escraviza à obrigatoriedade de termos que reencarnar aqui no mundo físico, e em dimensão tão densa. Se alguém decide radicalizar na vida e fala : Não vou comer nem vegetal e nem carne. Ela pode desenvolver algum tipo de desnutrição, contrair alguma enfermidade e vir a desencarnar, por uma alimentação muito deficiente. E isto estará fazendo com que ela contraia mais carma do que se estivesse comendo carne. Porque ela destruiu um corpo muito mais evoluído do que o de um animal, que é o corpo humano, que ela habita. Aquela música: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Nessa situação... é... se nós não comemos o vegetal, nós morremos. A não ser que tenhamos alguma técnica transcendental de absorção prânica e nos alimentemos de Prana. Mas tal técnica nem sempre é assimilada por nós. Portanto são diversas as circunstâncias em nossa vida em que nós temos que escolher o carma menor. Precisamos ter esse discernimento de não ficar revoltado ou de radicalizar e nem de negligenciar, falando: não de qualquer maneira eu vou gerar carma, então hoje eu vou comer um porquinho... De qualquer maneira geraremos carma em certas situações, mas que venhamos a gerar o mínimo possível. Que aí estaremos mais próximos da nossa libertação. Depois de adquirirmos uma postura direcionada a evolução, nós podemos nos autoaprimorarmos através das meditações. O nosso corpo físico, ele funciona como se fosse uma prisão para nosso espírito. Um espírito muito aprisionado ao corpo físico, ele não consegue ver a sua morada verdadeira, ele não consegue perceber. Aí ele pensa que só existe o corpo físico e aquilo que os sentidos físicos mostram para ele. Depois que desencarna, corpo astral. Poderíamos dizer corpo material. Aprisiona. Imagine nós estamos aqui hoje nesse momento, alguns vieram de carro outros talvez a pé, outros com outros veículos. Alguém dentro de um carro, é como se a pessoa estivesse dentro de um carro, que está dentro de outro, d'outro, d'outro d'outro... Porque o nosso espírito está dentro de um carro astral, que está dentro de outro mais denso, de outro mais denso. Até vestir outro carro mais denso chamado mental, astral e depois físico. Vários carros e depois mais um físico. Se nós trabalharmos a transcendência das limitações deste mundo, nós poderemos chegar a viver num lugar onde não precisa nada disso. Onde você pensa e você está onde você pensou. É uma maravilha. Não basta desencarnar para ir para esse mundo não, é preciso evoluir. Senão desencarna e vai para um mundo que, dependendo de sua evolução, até caminhar é difícil. Tem dimensões do mundo astral que ao caminharmos, o lugar é tão denso, que parece que estamos afundando no chão ou o nosso corpo fica extremamente pesado, as pernas parecem que são atraídas para o solo, impossibilitando o livre movimento. Existem lugares do mundo astral superior e do mundo mental.... o mundo mental é uma coisa que.... para nós falarmos sobre ele, é extremamente difícil. Porque nós estamos acostumados com matéria e lá não existe matéria como nós a conhecemos, a matéria tem outra freqüência, tão sutil que dentro da nossa classificação deixaria de ser matéria. Seria chamada a energia liberta, como irradiação. Então nós não classificaríamos como matéria, visto que não daríamos para medí-la, pesá-la ou de alguma forma monitorar tamanho. No mundo astral , nós podemos ter a liberdade de manifestação onde não existe enfermidade alguma. Dependendo da dimensão não existe mais fome, porque nós já absorvemos da nossa própria energia. Alimentamos da essência do espírito. Não é nem de prana mais...Prana é para dimensões astrais mais densas. Dimensão astral da vigésima em diante os seres se alimentam da própria essência, não se alimentam de energias ambientais. Se qualquer coisa que lhe dá descontentamento a utilize para a finalidade espiritual. Sem apego. Nem a dor que possa causar nem ao prazer que possa causar. Mesmo que você brinque um pouco com a ilusão, mas quando a coisa ficar séria, assuma que a ilusão era apenas uma brincadeira. Não era algo sério que a gente deva se dedicar demais. Se dedica o necessário, não mais que isso. E o necessário é relativo ao carma que pode se alterar ao longo de algum tempo, ao resgatarmos os nossos erros, e ao desapegarmos de certos desejos, que são sementes de carma. Tudo que nós fazemos aqui, se não for guiado pela nossa essência, gerará carma. Absolutamente tudo. Se você quer ajudar um filho a se educar, só pelo prazer de fazer isso, você está gerando carma. Se você vai trabalhar e trabalha com afinco pensando que está trabalhando muito bem e que está ajudando as pessoas, isto está gerando carma, que é o seu desejo. Que lhe aprisiona. Um desejo ele pode ser saudável, contanto que não nos aprisionemos à ilusão. Se um desejo nos faz aprisionarmos à uma ilusão, não conseguiremos fazer a Yoga da transcendência. Porque a yoga da transcendência é como alguém que consegue se disfarçar. Imagine que nesse mundo alguém se infiltrou aqui, se disfarçou de homem, e começou a andar como homem, falar como homem, respirar como homem, mas fala coisas que estão disfarçando a essência. Mas não disfarçando tão bem que não se consiga perceber algo diferente da simples forma. Estes homens e mulheres são os Avatares. Eles vem para junto de nós, se fazendo como um de nós. Usando a ilusão para vencer a ilusão. Parece paradoxal mas não é. Se esses seres de grande evolução ficassem conosco, sem se disfarçar de um de nós, nós não conseguiríamos sequer perceber a existência desses seres. Jesus é um dos grandes exemplos de Avatar que se declarou muito bem em sua época. E cujos ensinamentos e exemplos guardamos até hoje. Guardar não é o mesmo que seguir ou exemplificar, mas pelo menos grande parte dos conhecimentos e exemplos foram preservados. Mas entre nós existem seres de uma evolução tamanha e nós não conseguimos vê-los, não conseguimos senti-los. Eles falam conosco, mas a sua linguagem não é verbal, é vibracional. É uma vibração que ainda não gerou o som, o verbo. Tão sutil que não produziu som ainda. Então é o que vem antes do verbo. É o Brahma, aquele que precipita a criação. Ainda bem que tem aqueles que se disfarçam de ser humano comum, anda, come, veste. Esses seres eles vestem as roupas de carne, mas eles não são limitados pelas roupas de carne, por que? Porque eles se descartam delas pelo desapego, e das limitações delas, pelo desapego. Nós precisamos ficarmos lúcidos, só que a lucidez tem um preço muito alto. Todo aquele que é lúcido se ele não buscar se alimentar da essência espiritual, ele não suporta a lucidez. Se cada um de nós pararmos e vermos o quanto existe obstáculos nessa vida. Quanta adversidade, quanta inconsciência, quanta incompreensão, nós nos desesperamos, se não estivermos conduzidos pela força da essência nos dizendo amor, justiça sempre existe em toda ação. Compreender isso não é fácil. Exige muita consciência. Muita percepção espiritual. Precisamos desintoxicar o nosso corpo, senão não conseguimos perceber as coisas. Você pode estudar milhares de livros. O seu cérebro pode ficar cheio de memória, de informação intelectual, mas se você não compreender nadinha do que leu, você não terá lucidez. A lucidez ela vem pela consciência. A yoga da transcendência é o que esses seres vem nos ensinar. Estamos atualmente tendo o exemplo de Sai Baba, na Índia. Nossa mas aquele ser tem tanto amor, tem tanta humildade, tem tanta renúncia de vir de um lugar tão maravilhoso para ficar aqui entre nós. É como uma estrela que desce no lodo, que a terra é um lodo, de inconsciência, de erro, de sofrimento. A faixa vibratória em que nós estamos vivendo atualmente é muito dolorosa. Em projeções astrais ao perceber as formas-pensamento irradiadas pelas populações, nós vemos o quanto estamos necessitados da ajuda desses seres de luz. Por mais que eles nos ajudem, nós precisamos fazer a nossa parte. Concentrar na essência que pulsa em nós é importante, mas se a nossa cabeça estiver cheios de problemas, de ansiedades, de medos, nós não conseguiremos perceber nada dentro de nós. A não ser pensamentos vazios, problemas e mais problemas. Nada nos pertence aqui, precisamos lembrar disso, mas só lembrar não basta. Precisamos ir, gradativamente, adquirindo consciência. A essência ela nos faz pensar. Mas ao pensarmos em um corpo, como este que estamos vestindo, nós passamos a nos identificar de tamanha maneira, que ficamos com medo do venha causar sofrimento a este corpo, ou dissabores a este corpo. Precisamos ter força interior. Essa força vem com dedicação em se espiritualizar. Existe espiritualistas e seres espiritualizados. Nem todo espiritualista é espiritualizado. Espiritualizado é alguém, cuja vida é conduzida por princípios do espírito e não por princípios da forma. O que eu vou falar eu sei que os governos podem não gostar, mas um ser que se espiritualiza, ele precisa estar acima até de governo, se o governo é injusto. Governo de homens. Leis que os homens fabricam não duram muito tempo, se não estão espelhadas nas leis espirituais. E todo aquele que transcendeu a ilusão, ele transcendia as leis, as leis criadas pelos homens. Não que eu esteja falando aqui que devamos desobedecer as leis que são espelhadas na justiça, é que não podemos ter medo da dor. Muitas vezes nós ficamos com medo de viver nesse mundo. Nossa mas quanto sofrimento a nossa humanidade já passou aqui. Sofrimento de ter que ser agredido pelos nossos irmãos. Muitas encarnações nós fomos assassinados, mortos de maneira bárbara, felizmente não temos lembrança disso. Mas nós precisamos aprender qual o sentido da vida. O sentido da vida é voltarmos para casa. Esse é o sentido da vida. Mas antes de voltarmos para casa teremos que saciar o nosso desejo, que a inconsciência fabrica cada vez mais. Quando é que nós saciamos um desejo? Quando vivenciamos. Uma pessoa quer fazer uma coisa, mesmo que aquilo faz sofrer... Mil vezes é o limite? um milhão de vezes? que se faz o erro? Não.... quanto mais inconsciência temos mas erro cometemos. Precisamos nos tornar consciente do que é importante na vida, isso diminui o erro. A consciência faz o acerto. O acerto anula o erro, não deixa que o erro se manifeste. E o erro não se manifestando o sofrimento vai embora, e o sofrimento indo embora, a gente é feliz. Trabalho é importante, mas não é o principal. A roupa que você está vestindo é importante, mas não é o principal. A roupa de carne a mesma coisa. É fácil falar dificílimo fazer, mas se a gente começa um minuto a pensar dessa maneira, hoje. Amanhã dois minutos. Depois três. Depois seis. Depois meia hora. Depois uma hora. Depois de anos horas. Depois de décadas, se for o caso, ou encarnações pensamos meses e anos da mesma maneira. Aquilo que era difícil não é mais difícil. É possível. Se alguém conseguir tirar, por dia, uma hora dedicada ao espírito dela, onde ela não vai querer assistir uma cena bonita, escutar um som agradável, comer alguma coisa gostosa, falar uma coisa prazerosa para ela.... onde ela não vai querer fazer nada para o mundo externo. Onde ela vá dedicar a sua atenção para si mesmo... Nós temos uma necessidade tão grande de fazer coisas, e isso nos ata ao mundo da forma. Certa vez eu cheguei no meu mestre e falei para ele, num dos meus mestres : Eu estou querendo ir embora desse mundo. Eu estou querendo sentir novamente a liberdade. Aí esse mestre falou: Então venha... me tomou nos braços dele e começou a me levar... e eu falei : Pare! eu não estou preparado ainda. Eu preciso realizar aquilo que o meu carma me obriga a fazer. Aquilo que o meu desejo me escraviza ainda de fazer. Vou fazer uma revelação pessoal para vocês. Houve uma encarnação que eu tive muito conhecimento espiritual nas mãos....enquanto.... Imagine uma pessoa que está com barris de água cristalina e pessoas morrendo de sede e ele não dá uma gota para ninguém. Pois é. Eu fiz isso. Numa encarnação aqui na terra eu tinha muito conhecimento libertador. Muitas pessoas buscavam e eu não dava. Vivia simplesmente a minha vida, sendo que eu tinha que ajudar as pessoas a se libertarem. E nessa vida eu vim com o carma de fazer isso. E muita gente chama isso de missão. A missão e o carma muitas vezes se confunde. Não quer dizer que você paga só pelo mal que você faz, você paga pelo bem que você deveria fazer e não fez. Existe seres que não tem esta necessidade de ajudar as pessoas... como ajudar.. Eles não se envolvem mais com o mundo da forma o suficiente, para terem a obrigatoriedade de retribuir para o mundo da forma, benefício. É o ecossistema econômico em manifestação. E aí eu parei o meu mestre no vôo para o mundo superior, eu parei e falei: Não posso ir ainda, aqui tá difícil, a missão tá árdua, mas não posso ir. E aí acordei, olhei para o mundo e falei : É aqui que preciso estar ainda. Eu quero mostrar para o máximo de pessoas possível, que existe outro mundo muito melhor do que esse. Que o ser humano é muito mais do que um animal, é muito mais. Um animal que precisa comer, que precisa acasalar, que precisa ter poder, que precisa ter quinquilharias... Nós somos muito mais que isso. E este mais que somos nós precisamos descobrir. Está ao nosso alcance não fique se inferiorizando, pensando : puxa mas eu sou cheio de erro. Se ficar olhando os próprios erros sem procurar acumular acertos, jamais os erros deixarão de se manifestar. Alguém pára e pensa: Puxa mas a minha sexualidade ainda é tão animalizada, eu fico com vergonha até de querer me dedicar a espiritualidade. Isso é comum no meio que a gente vive, não é certo, mas é comum. E dedicar-se à espiritualização vai tranqüilizando a sexualidade, chega um ponto que a pessoa deixa de se sentir um animal , sem nenhum esforço, sem nenhum violar-se. Acontece naturalmente. Não precisa nenhum esforço hercúleo. É uma conseqüência. Onde põe uma luz muito forte, não tem como as sombras prevalecerem. Não é lutar contra o erro, é fabricar acerto. Que aí não terá matéria-prima para fazer erro. A agressividade. A partir do momento que aprendemos a amar, mesmo que a gente fique meio revoltado, agressivo.... passa logo. E vai diminuindo dia após dia. Até que chega o ponto que acaba. O amor vence a agressividade. É a única coisa que faz a cólera, a ira.... Se uma pessoa te chateou, procure amar, amar e um dia se coloque no caminho da pessoa. E perdoe. E não agrida a pessoa e não reivindique direitos com a pessoa. Lembro que certa vez uma pessoa foi muito, muito mal criada comigo e eu fiquei um pouco ofendido com ela. Essa pessoa trabalhava no comércio. Toda vez que eu ia naquele comércio eu não queria me aproximar da pessoa. E aí eu pensei um dia: não mas isso não está certo. Eu procuro amar, então porque que eu não consigo amar aquela pessoa? eu sou um hipócrita? Aí eu peguei tremendo igual vara verde e cheguei perto da pessoa. Fiquei morrendo de vergonha, porque a pessoa sabia que eu tinha alguma coisa contra ela, porque eu não me aproximava dela. E aí procurei ser tranqüilo. Foi muito difícil. Eu sai de lá muito envergonhado, mas aliviado porque eu já não tinha mais nada contra ela. Perdoar é difícil, mas a gente mesmo sendo difícil, a gente tem que se jogar em certas situações. Você vai se sentir incomodado, mas o incômodo é muito maior de deixar uma mágoa crescer dentro de nós. Mágoa é uma coisa séria viu gente... Se uma pessoa te ofende, não fica guardando isso por muito tempo não, que isso vira um ácido dentro de você, e o principal prejudicado é você e não a pessoa. Porque o ácido ele corrói é quem estiver com ele, não é quem está distante não. Portanto precisamos vencer tudo que nos aprisione. A mágoa vem da agressividade não realizada. A pessoa que é muito agressiva ela vai lá e se vinga. Aí ela não fica com mágoa. Mas a pessoa que não é muita agressiva, ela não se vinga, mas fica magoada. Que é melhor do que a pessoa agressiva, porque o agressivo faz um estrago muito grande no outro. O magoado faz mais nele do que no outro. Faz no outro também, mas não tanto como faz nele. Não tem aquele que explode e aquele que implode? A mágoa é mais da natureza de implodir, do que de explodir. Depois de se desapegar de diversas coisas seja agressividade, mágoa, desejos animalizados... o ser humano começa a enxergar, como que, através de um buraquinho numa janela do corpo. Não para fora, mas sim para dentro. Nós somos como um passarinho que voava de continente para continente. E que foi preso numa gaiola dentro de um apartamento, de uma quitinete. Você já imaginou você pegar uma águia que voava de continente para continente.... e prender dentro de uma gaiola, dentro de uma quitinete? Isso é o ser humano aqui. Muito mais que isso. E aí de início ele fica deprimido, triste, mas aí digamos que a pessoa vai e coloque comidas bem gostosas é..... coloque coisas assim bem atrativas dentro da gaiola. Nós somos a ave que voava muito alto e que se acostumou com a gaiola. Precisamos nos desacostumar dela. Para isso é que seres de grande evolução estão aqui. Para fazer assim: Eiii... oh grande águia? Oh águia de asas enferrujadas olha para cá... aí a águia tá assim.... ué parece que eu estou ouvindo alguém falando. Mas eu não entendo esse idioma. Eu não entendo o que quer dizer. Até que algum dia amadurece e começa a entender. E aí a outra águia fala: ó a chave está bem ali ó.... e só você pegar e abrir a gaiola e voar. Nós estamos com a chave. Presos dentro da gaiola, mas com a chave. Se a gente for tentar saciar todos os desejos que a gente ainda tem, a gente não vai conseguir. Não vai. Tem gente aqui na terra que veio para cá tentando saciar desejos, já está aqui há milhões de anos e não conseguiu. Vai ser exilado da terra para outro planeta e lá vai tentar saciar um desejo que não vai conseguir. É uma falange que erra muito aqui na terra. Uma falange de espíritos. Milhões e milhões e milhões e milhões de espíritos compõe essa falange. Uma hierarquia muito poderosa, mas de muita inconsciência. Eles será levado para fora do planeta. O desejo ele é saciado com o desejo superior, o desejo inferior. Se um desejo lhe pega com muita força e você sabe que ele não é certo, só você fazendo alguma coisa. Direcionando algum desejo para alguma coisa certa, é que você vai enfraquecer o seu desejo de coisa que leva o erro. Isto é transcender. Eu gostaria de convidá-los para uma meditação. Uma visualização. Quem quiser faça, quem não quiser não precisa fazer. Eu vou pedir que os espíritos de luz, aproveitem esse momento de tranqüilidade, de serenidade para projetar raios vibratórios em nossa consciência, em nosso chacra coronário por onde entra nossa compreensão dos mundos abstratos. Relaxando todo o corpo. Soltando os ombros. Colocando os braços de maneira confortável. Vamos respirando agradavelmente... Nenhum problema nos pertence. Pertence a este corpo transitório que é uma roupa, que inevitavelmente deixaremos quando já estiver muito pesada para carregarmos. Todas as nossas realizações são transitórias, porque nós estamos no mundo transitório. Se liberte de toda a ansiedade das realizações. Busque perceber a sua própria existência. Pense contigo mesmo: Eu existo. É maravilhoso existir. O ar cheio de vida entra em meu corpo e me mostra a liberdade deste elemento, que não se aprisiona dentro de nada, por muito tempo. O tempo é o inimigo do corpo, porque o corrói, o desgasta, o envelhece.... mas é amigo do espírito porque o liberta. Que o nosso espírito sinta o prazer das vibrações mais sutis. Vibrações de amor que vem do nosso grande mantenedor, Deus. Criador incriado de toda a vida. Que lança sobre nós o seu manto de luz, de paz, de serenidade. Que sejamos um cada vez mais com a essência, que nos faz existir, que nos faz ter paz. Entreguemos todos os nossos problemas para Deus. Que em nossa consciência brote o Pensamento : Deus cuida de mim. Que seja feita a sua vontade e não a nossa. Deus lança sobre nós a sabedoria para discernir o que liberta e o que aprisiona. Nos envolva com seu amor imperecível para não guardarmos mágoa, ressentimento de qualquer ser humano ou situação de vida que nos assalte de forma prevista ou imprevista. Que ao colhermos a conseqüência de nossas ações, seja ela boas ou ruins, não nos deixamos iludir pela dor ou pelo prazer transitório. Que vejamos o princípio real de toda a vida na ação. Que o topo de nossa cabeça se abra como um universo infinito e projete raios de luz. Que se expandem nas constelações, estrelas, galáxias, universos. Que todo corpo vibre e sintamos como se um éter muito suave, muito sutil, interpenetrasse o nosso corpo. E que os nossos pensamentos se fundisse como se fossemos um. A mesma essência que pulsa em mim pulsa em você, e que pulsa em você, pulsa em mim. E em todos que existe. Sintamos o conteúdo que está dentro da casca. Que todos os problemas desapareçam nesse momento. Você só é pensamento. Você não tem casa. Você não tem corpo. Você é só pensamento. Atento. Vivo. Que sente a própria existência. Você não tem problemas, porque você é só pensamento. Você não tem que fazer nada a não ser pensar e existir. Ninguém tem o poder de tirar a sua existência. Absolutamente ninguém. Por mais poder que tenha sobre o corpo ilusório, ninguém tem o poder de deixar a sua existência ser anulada. Você é não criado. Imperecível. Alimente-se da percepção da sua existência inesgotável.
OOOOOOOOOOMMMMMMMMMMmmmmmm
A vibração primordial vibra em cada um de nós. A vibração da essência que nos faz existir. Que provem o nosso sentimento de amor a vida. Que este amor a vida seja um amor aquilo que não pode ser perdido. Que sejamos um com a criação e com o Criador. Que tenhamos a percepção do não nascido que vibra em nós. Que o nosso corpo se ilumine como um grande sol. De luz irradiante. De sabedoria. De amor. De poder. De perceber a própria existência e a existência de Deus. Sinta como se a sua consciência pairasse um pouco acima de sua cabeça, como um sol dourado quase branco. A manifestação da voz da sua consciência neste momento se torna mais sábia. Desapegada de interesses corporais, liga-se à essência espiritual. Que todo medo se dilua na certeza de sermos indestrutíveis. Que uma grande paz nos envolva. Que a esperança num futuro mais luminoso para a nossa humanidade. Para nós como espíritos em evolução. Que estamos momentaneamente no planeta terra. E que em breve, de acordo com o nosso ritmo evolutivo, poderemos estar num mundo mais evoluído do que este. Suavemente vamos voltando a atenção para esta realidade física... Cessando a visualização...
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