segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Qi-OM - 5




A Grande Circulação

Hoje eu gostaria de tirar algumas dúvidas que algumas pessoas expuseram no início aqui, sobre a repetição dos exercícios. Vão ser sete exercícios, no Caminho da Expansão da Consciência. Cada exercício é composto de diversos movimentos, que vão trabalhar a energia, a energia do corpo, a energia dos pensamentos, para refinar a mente. Esses exercícios contribuem para refinar e purificar a mente. No entanto, a maior finalidade deles é refinar, mas eles também purificam. A purificação vai depender muito da aplicação de certos conceitos que serão expostos. Esses conceitos é que darão o equilíbrio, a estrutura para que os exercícios, além de refinarem a mente, possam purificar, para o trabalho ser completo.

Alguns efeitos colaterais poderão ser percebidos com o exercício. Seria estranho fazer o exercício e não sentir nenhuma alteração no corpo. Como os exercícios são muito poderosos, as alterações serão sentidas, e é preciso que compreendam quais serão tais alterações e os sintomas possíveis ao sentir a alteração sendo feita no corpo. Nosso corpo, pré-natal e pós-natal... pré-natal é o corpo que herdamos dos nossos antepassados... pós-natal é o que nós fizemos com o corpo, após termos encarnado, após a nossa mãe ter dado à luz. Nós comemos certas comidas, vimos certas imagens, escutamos certos sons, pensamos certas coisas, e recebemos certa radiação de energia. Isso tudo compôs o nosso corpo pós-natal, junto com a energia pré-natal.

Essas duas energias, a genética e a ambiental, compuseram a característica da densidade e do movimento da energia da vida em nossa mente. Os exercícios visam limpar o que foi sujo, substituir o que está danificado, purificar o que está contaminado. Os exercícios foram diminuídos em sua força, no Caminho da Consciência Nível 1, para que os efeitos colaterais sejam abrandados, visto que eu não tenho como dar no Nível 1, o acompanhamento a todos aqueles que têm acesso a esse conhecimento. No Nível 2 os exercícios são completos, e os efeitos colaterais são mais fortes ainda, mas com o acompanhamento individual, a pessoa é orientada numa forma de abrandar ou de suportar bem aquele período inicial de ajuste da mente a uma nova frequência vibratória, a um novo estado de purificação.

Os nossos órgãos do corpo, os tecidos, as células, acostumaram-se com a sujeira vibratória. Essa sujeira vibratória ficou entranhada em cada célula, em cada particulazinha. Os exercícios vão remover essa sujeira. Só que uma sujeira que está muito entranhada no tecido, quando é removida, ela não vai sair assim, simplesmente abrir os tentáculos que segura ao corpo, e ir embora suavemente, indolormente. A sujeira que está grudada ao corpo vai continuar grudada, mas ela será forçada, pela energia harmônica, a se harmonizar. Essa energia que vai força-la a se harmonizar, pode gerar um incômodo. É como um espinho que nós removemos do corpo... inicialmente poderá produzir um incômodo. Em função disso, é recomendável que tenha paciência para enfrentar as sensações...

Eu vou dar um exemplo. Tem uma parte de um exercício que eu ensino hoje, que a pessoa pode sentir muitas vezes como se os órgãos estivessem sendo puxados dentro do corpo. Quando a energia começa a circular... digamos o rim... ‘eu nunca sentia o rim, estou sentindo o rim agora, que estranho!’... ou então o intestino, o fígado, ou o estômago, os ossos... De repente você começa a sentir aquele órgão. Isso vem porque começa a abrir o canal, e a energia que estava contaminada ali começa a sair, a ser levada para fora. Aí você sente a coisa desagradável. Mas, depois que ela for levada para fora, alguma coisa que nunca funcionou na sua encarnação atual, vai começar a funcionar. Uma outra frequência vibratória em determinados órgãos.

Por isso, enfrente com tranquilidade os incômodos iniciais. Pode dar dor de cabeça inicialmente. Se tiver sujeira na cabeça, energia impura na cabeça, vai dar dor de cabeça. Se tiver energia impura no estômago ou fígado, vai dar náuseas. Mas depois... por isso é bom ir fazendo aos poucos, antes de aumentar assim de uma hora para outra. Porque pode apresentar alguns sintomas desagradáveis. Mas isso é um preço muito pequeno a se pagar diante da renovação que será feita no corpo, na mente, na energia dos pensamentos.

Nós estamos mexendo aqui com forças poderosíssimas. O primeiro exercício, Os 7 Faluns, mexe com a Kundalini, mexe com as Deusas e com o Deus dos chacras. Só que esses exercícios estão sendo estruturados por outros. Quando a Kundalini começa a ficar mais forte no corpo de alguém, a energia que sobe pela base da coluna, vinda da terra, se os chacras estão fechados, parece que tem... pra quem já chupou cana, lembra dos nós da cana? Quando a gente vai chupar a cana, a gente mastiga a cana mas não consegue mastigar o nó da cana. Um chacra fechado, bloqueado, é como o nó de uma cana, ninguém consegue mastigar... haja dente! Os exercícios visam tirar esses nós, para que a energia flua harmoniosamente, e aí o resultado virá.

Qual é o resultado? Ficar em harmonia com o movimento da vida, se tornar natural, se integrar à natureza. A parte de refinamento da mente, é a parte de se integrar à natureza, ao movimento harmônico da natureza. Só que nós visamos mais, nós visamos ir além da própria natureza, porque a natureza está dentro da mente, e nós precisamos ir além da própria natureza. Para isso precisa purificar o que nos foi ensinado, aí sim nós iremos além da natureza.

Veja sua mente como um leito de um rio. A água precisa passar pelo leito do rio, ela não pode ficar presa no leito do rio. Ela entra e ela sai. Mas se o corpo estiver todo fechado, bloqueado, com obstáculos, com obstruções, a energia entra precariamente e não consegue sair. O trabalho inicial é para remover a sujeira que está no caminho da energia. Depois que a energia estiver fluindo em perfeita harmonia, aí sim chegou o momento da purificação, para transcendermos as leis da natureza.

No mundo, onde as leis da natureza funcionam, estaremos sujeitos a tais leis, mas a percepção do nosso Eu Sou, daquilo que realmente somos, e não o que nós estamos, está além da mente, está além do mundo onde as leis da natureza operam. O nível que nós podemos alcançar é muito alto. O nível onde a gente começa a observar a nossa mente, indiferente à nossa mente. A gente começa a ver que a mente possui sua natureza, que evolui por ela mesma, não precisamos interferir tanto da evolução dessa natureza. O que nós somos não interfere.

Imaginem, nós estamos em um mundo onde as dificuldades dessa cultura estão motivando as pessoas a se doparem, a ficarem inconscientes, como uma forma de fugir do mundo. No entanto, a fuga não é a melhor saída, a melhor saída é desmistificar a ilusão deste mundo, essa é a melhor saída. Mas para fazer essa desmistificação da ilusão, é preciso perceber um nível de realidade maior, que nós temos em nós.

Imagine o refinamento e a purificação como uma forma de nós ascendermos completamente à nossa mônada espiritual. O quê seria a mônada? O quê seria esse Eu Sou? Se nós fizermos um exemplo imperfeito, mas na falta de exemplo maior... A nossa mente, a mente física, junto com as demais mentes, de um corpo astral, de outro corpos astral, as mentes dos corpos mentais, formam uma fila, uma fila de mentes... da nossa mônada. A fila de mentes forma a nossa mônada. Só que muitas vezes a mônada não está completamente iluminada, algumas partes dela estão apagadas, é o que acontece com o encarnado aqui do planeta Terra. Grande parte dos seres que encarnaram já há algum tempo aqui, já vem com essa mônada muito acesa, mas a maior parte ainda está com ela muito apagada, porque as mentes estão muito contaminadas de identificação com a ilusão, que produz uma energia chamada ignorância. Essa identificação produz uma energia chamada ignorância, e essa ignorância bloqueia todos os caminhos por onde a energia da natureza se movimenta harmonicamente, refinando, acelerando a evolução da natureza.

Portanto, o trabalho inicial de refinamento, é para remover a energia da ignorância, que contamina a mente tornando-a opaca, e a luz da consciência não reflete na mente. Então você imagina, aconteceu uma situação na sua vida hoje, seja de origem profissional, familiar, afetiva, corporal, de saúde, material, que seja, e você não soube como reagir harmonicamente perante essa situação, ou essa situação arrebatou você para um distúrbio, te envolveu num distúrbio, numa angústia, numa dor, numa infelicidade. Isso ocorreu porque a sua percepção de si mesmo e da realidade se identificou demasiadamente com a situação, e não conseguiu compreender a função maior dessa situação, a função harmônica, amorosa, sábia, justa dessa situação.

Com o refinamento da mente, e sua purificação, a mente se ilumina. Depois, ela se transparece, a gente começa a ir além dela. Ao se situar além dela, a gente a observa indiferente, não se abala mais com nenhuma alteração da mente. A mente vive em constante alteração, ela é instável. Só teremos estabilidade fora de mente, mas para sairmos dela, precisamos torna-la transparente, mas antes de torna-la transparente, precisamos torna-la espelhada. Antes de espelhar a mente, ela não se torna transparente.

Como a gente não tem material escrito ainda, eu sempre vou procurar fazer uma explicaçãozinha, para quem está vindo pela primeira vez. O quê seria essa mente? A mente é a agregação de elementos primários do mundo em questão. No nosso mundo aqui, este em que nós estamos nos manifestando, quais são os elementos primários? É terra, água, fogo, ar, éter. Só que a mente não é só isso. Isso é a parte da mente que compõe o corpo. O corpo é a parte densa da mente. A parte sutil da mente não é composta desses cinco elementos. A parte sutil da mente, a matéria prima principal que ela é composta, é pensamento, depois os sentimentos, as sensações.

O nosso pensamento, ordenado ou desordenado pelo desejo, é uma trama, como se fosse um tecido, e entre esse tecido, os furinhos do tecido, se junta uma poeira que são esses elementos que compõem o corpo físico. Poeira é força de expressão. Junta os elementos mais denso, né, nessa trama de pensamentos e de sensações. Então, o nosso corpo é aquilo que nós pensamos e aquilo que nós sentimos. Só que é isso acumulado, cristalizado, condensado. E o nosso corpo também é o que nós comemos, o que nós nos alimentamos, principalmente o que nós nos alimentamos. Quando eu falo alimento, não é só alimento ingerido via oral, é visual, auditivo e de muitas outras fontes.

Isso seria a nossa mente. Agora, nós não somos a nossa mente. Nós não somos o nosso pensamento, nós somos bem mais que o nosso pensamento. Nós não somos o que a gente sente, a gente é bem mais do que o que a gente sente. Nós não somos esse corpo, nós somos muito mais do que esse corpo, muito mais. Esse corpo é instável. Os nossos pensamentos, nem precisa falar. Nossas sensações, emoções, sentimentos mudam a cada instante, mais rápido que as nuvens no céu. Nós não somos isto. Se a nossa vida for sustentada nisto, como é que a gente espera ter paz? Uma hora está alegre porque ganhou alguma coisa, na outra hora está triste, porque perdeu alguma coisa. Frustrado porque tem o que não quer e não tem o que quer... é sempre assim.

Enquanto a mente estiver identificada com ela mesma, jamais o ser humano tem felicidade verdadeira. Felicidade momentânea produzida pelo prazer, e depois anulada pela dor. Vou dar um exemplo: tudo aqui é dual... é a lei da natureza. Se não harmonizar o movimento do yin e do yang, da dualidade, não tem como refinar a mente. O refinamento da mente é fundamental para depois podermos transcende-la.

Se você toma uma coisa gelada, um suco gelado, comeu alguma coisa gelada, você vai descompensar o seu corpo da energia quente. Dali a pouco você vai querer comer ou beber alguma coisa quente, como uma forma de compensar o equilíbrio do seu corpo, da sua mente. Se você vive determinado prazer produzido pela mente, todo prazer é produzido por ela, pelo corpo e pelos pensamentos, dali a pouco será naturalmente gerada alguma dor, também produzida pela mente. É o equilíbrio da dualidade. Por isso, sempre que você estiver construindo sua felicidade baseado nos seus prazeres, lembre de uma coisa: há uma lei na natureza, a lei do equilíbrio do yin e do yang, todo prazer será equilibrado por dor, é uma lei. Aí você fala: ‘-Ah... isso é brincadeira. Como é que eu vou fazer se as minhas pequenas alegrias, depois vão se transformar em tristezas?’

As alegrias não podem vir baseadas no prazer. Se vierem baseadas no prazer, a dor virá para anular, equilibrando a balança. É como uma balança que não pode pender. A felicidade não pode vir pelo prazer. Parece impossível, inicialmente, mas não é. A felicidade precisa vir pela percepção e identificação com o Eu Sou. O Eu Sou é inatingível. Ninguém pode matar o Eu Sou. O Eu Sou não muda jamais.

“-Ah, mas é chato demais! Não muda jamais?” Ele simplesmente é, ele nem pensa, ele nem existe, ele nem vive, ele É. Está além de viver, está além de existir. “-Mas isso é uma idéia maluca, eu não sinto isso!”, alguém pode pensar. Como é que vai sentir enquanto sua mente não estiver espelhada, e nem estiver purificada? Isso está além da mente. O entendimento disso que eu estou falando está além da mente. Você só vai sentir, só vai compreender quando for além da mente.

Por isso, analisemos. A vida que a gente tem aqui é um produto da natureza. Uma coisa que é difícil compreender são determinadas leis da natureza. A gente tem uma coisa aqui que a gente chama de livre-arbítrio. Mas a gente não possui livre-arbítrio. Alguém aqui vai ficar contrariado, porque a nossa cultura, seja ela qual for, é baseada no livre-arbítrio, e de repente alguém chega e fala que a gente não possui livre-arbítrio?

Sempre a gente fala: livre-arbítrio é relativo... hoje eu vou explicar porquê é relativo. Você pensa que você acerta porque você quer, que você erra porque você quer? Você pensa que você é culpado ou inocente? Nós vamos falar uma coisa... não existe culpado e não existe inocente. Porquê não existe isso? Porque nós somos um programa complexo, conduzido por leis da natureza, leis imutáveis. A nossa mente obedece a essas leis. Então, olha só a explicação que eu vou dar disso... Mas para quê dar essa explicação?

Eu quero que todos compreendam que a evolução é inevitável. O que nós estamos fazendo não é nada que esteja interferindo na evolução, é uma coisa prevista pela evolução, e quem está falando aqui, neste momento, é um ser humano, num corpo humano da Terra, que deram o nome de Aldomon. Esse é o Aldomon, mas o Eu Sou que está assistindo o Aldomon falando, não é Aldomon. O Eu Sou que sustenta esse sonho aqui não é Aldomon. Quem está falando aqui é uma natureza em evolução nesse mundo. E quem está escutando é também uma natureza em evolução aqui nesse mundo.

Nós precisamos compreender essa natureza e essa evolução, e depois ir além dela. Aqui tem uma luz que está me iluminado. Imaginem que essa luz seja a consciência. Ela não está simplesmente me iluminando, está iluminando esta mesa também. Essa mesa, na escuridão, não sabia que ela era uma mesa, e nem sabia que existia a luz, e nem a lâmpada que produzia a luz. Mas, aí a luz se fez, naturalmente, e essa mesa se tornou visível. Ao se tornar visível, digamos que a mesa olhou para si mesma e percebeu que ela existia: “-Eu existo... Penso logo existo.” Nem todo aquele que pensa, sabe que existe. Pensa... existe... mas não sabe que existe. Nem todo ser pensante sabe que existe. Ele pensa... existe, mas não sabe que existe.

A luz da consciência é que faz a gente perceber que a gente existe. Quando a gente percebe que a gente existe, inicialmente a gente se deslumbra com a gente mesmo, mas daí a gente vê que a luz que nos dá a percepção de nossa existência não vem de nós, vem de uma lâmpada que produz. Essa lâmpada é o Eu Sou. A luz seria a consciência. Essa consciência vem do Eu Sou. Não é bem do Eu Sou, mas esse mundo da natureza, quando percebe o Eu Sou, produz consciência. Essa consciência seria a luz.

Tem coisas que eu só vou explicar mais adiante, que agora não tem ainda os elementos básicos para se entender o princípio do Eu Sou e da consciência. Mas vamos explicar a evolução da nossa mente no mundo da natureza. A luz bateu na mesa; a mesa adquiriu consciência da sua existência. Só que quando ela adquiriu consciência da sua existência, há uma força na natureza, chamada leis da natureza. Essas leis da natureza refinam a mente. Ao refinar a mente, a mente se torna espelhada, e esse espelho fará com que a luz, ao incidir, seja mais fielmente interpretada, percebida. Depois de algum tempo a gente vai perceber que a gente não é o espelho, que o que faz o espelho perceber que ele existe é a luz, que a nossa existência está além do espelho. Mas, depois, a gente começa a se purificar, o espelho começa a ficar transparente. Quando ele começa a ficar transparente, ele começa a perceber que ele não existe, ele começa a perceber que ele é, que ele não existe. Aí nós transcendemos a nossa mente.

É como essa mesa, que percebeu porque a luz fez ela se ver como mesa... Quando ela se tornar transparente, ela vai ver além dela, ela vai ver que ela, na verdade, não existe. Então, inicialmente, a gente vê que a mente é um espelho. Depois, quando a mente é purificada, a gente vê que não existe mente, que a gente é além da mente.

Aí você fala: “-Ah, isso é um estágio muito alto para mim!”... Não, não é alto não! E evolução da Terra já chegou nesse ponto. Muitos seres estão despertando para a percepção do seu Eu Sou, para ir além da própria mente. Mas aí vem depois aquela cobrança “-Gente, então se eu sou muito mais, eu tenho que chegar logo!”... Não, se preocupe não, seu destino é inevitável. O destino da nossa mente é de refinar a natureza cada vez mais, e leis se encarregam disso. E quando essas leis repercutem em você, você chama isso delivre-arbítrio. Então você fala “-Ah, eu vou fazer isso porque eu quero!”. Eu vou explicar agora porquê a gente não tem livre-arbítrio. Eu vou explicar o princípio da evolução e do não-livre-arbítrio.

Imaginem assim: um ser primitivo, uma mente primitiva. Um ser, aquele que existe, uma mente primitiva. Um ser humano recém-chegado no reino humano. Veja ele, vamos chama-lo de “natureza humana recém-chegada no reino humano”. A natureza humana recém-chegada no reino humano, é quadrada. Sabe aquelas pessoas que parece que nunca traz nada, entendem tudo errado? Ela não consegue se agrupar harmoniosamente no meio? Muitas vezes é porque sua natureza é diferente da natureza do meio em que vive. Natureza são características próprias de um ser, diante de uma situação hierárquica em sua evolução, que se harmoniza ou desarmoniza com o meio em que vive. Então, essa natureza, olha só...

Um ser primitivo não obedece as leis da natureza. Quando existe uma lei, ele ignora essa lei, existe outra lei, ele ignora essa lei. Mas existe uma lei que ninguém consegue ignorar, chama-se “lei da evolução”. A lei da evolução põe todos os serem em movimento. Todos entram em movimento pela lei da evolução. É impossível a pessoa parar em sua evolução. Porquê ela não para? Eu vou explicar porquê não para.

Essa bandeja, veja ela como um ser. Um ser já mais evoluído, um ser que está em harmonia com as leis da natureza, é um ser que está cheio de evolução, é um ser evoluído. Pela hierarquia da vida, os seres evoluídos têm poder sobre os seres menos evoluídos. É como o ser humano que, por ser mais evoluído aqui da Terra, cria (?) e mata os bichinhos, então explora, tirando o leite delas... Porque o ser humano é mais evoluído, senão as vacas... se as vacas estivessem na condição humana, do ser humano da Terra, a vaca é que estaria tirando leite da gente, se a gente estivesse nas condições delas. Mas o ser humano, nesse grau de evolução, subjuga a vaca. Quando o ser humano se torna mais evoluído ainda, ele fica mais harmonizado com as leis da vida, com a evolução, aí ele passa a não subjugar tanto os serem menos evoluídos, mas tem mais poder sobre a vida do que os seres menos evoluídos. Mas aí não subjuga porquê está com certas harmonias no movimento da vida.

Então, tudo bem... Digamos que esse copo é um ser pouco evoluído que está sobre os seres menos evoluídos. Eu vou dar um exemplo de um ser mais evoluído: o planeta Terra. É um logos, é um ser de nível de Serafim, que está acima de Arcanjo e acima de Anjo. O planeta Terra... nós estamos sobre ele. É um ser mais evoluído que nós, muito mais evoluído que nós. O que quer dizer que mesmo a gente que está aqui em cima não queira evoluir, o planeta vai nos por em movimento. É a chuva, que faz a gente correr pra dentro de casa, é o frio que faz a gente se abrigar, é o vento... diversas leis da natureza, fenômenos naturais nos põe em movimento... isso é evolução.

Então nós estamos quadradinhos, digamos, sobre uma bandeja que seria uma natureza mais evoluída que a natureza que está sobre. Aí o quadradinho... faz de conta que isso aqui é quadrado, está em cima. É um cubo, faz de conta que é um cubo. Eu vou trazer em aulas futuras um cubo, para dar um exemplo melhor. Mas faz de conta que esse copo é um cubo. Ele não quer se movimentar. Ele diz “-Não, eu quero ficar aqui, porque isso aqui está bom e eu quero ficar... não quero mudança, não gosto de mudança, não quero saber de nada.” É aquela pessoa que ela quer ser o que ela é... Não é bem o que ela é no sentido maior, mas ela não quer mudança. “-Não, eu sou o que sou e pronto!” Mas a vida põe ela em movimento. Como é que põe ela em movimento? A vida produz o próprio movimento.

Olha o que aconteceu com o copo. O copo, mesmo ele não possuindo movimento dele, mas uma força maior pôs ele em movimento. Essa força maior, vamos chamar de evolução. Mas aí a evolução, quando põe o copo em movimento, o copo, inconsciente: “-Eu fui pra lá porque eu quis, eu que saí pra lá!” Aí, quando a lei faz assim, “-Não, eu fui pro outro lado porque eu quis, eu que escolhi, eu sou dono do meu destino!”... O copo faz isso. Nós, que estamos vendo o copo sendo guiado pela bandeja, a gente vê que ele não decidiu nada, mas para ele, ele está crente que ele é que escolheu ir para lá.

Como é que a gente poderia dizer que o copo tem livre-arbítrio, se ele não determina? Mesmo nossos pensamentos... às vezes vem aquele pensamento “-Eu vou fazer o que eu quero!”, mas na verdade você pensou aquilo, e quis aquilo, porque certas conjunções da sua natureza te forçou a fazer aquilo. Livre-arbítrio existiria, digamos, se eu fizesse assim e o copo continuasse aqui. Ou então se o copo estivesse aqui e, de repente, ele fizesse assim. Aí sim o copo teria livre-arbítrio, ou o ser teria livre-arbítrio, se ele conseguisse ir contra as leis da natureza. Mesmo no ato de... eu sou do contra... ele está dentro de certas leis e ele não tem consciência dessas leis. Só que, o quê ocorre?

Ele é uma força inerte colocada em movimento. Toda força inerte colocada em movimento, sofre. O ato de acontecer isso aqui, é um sofrimento para o copo, porque ele não é preparado para seguir essa lei. Ele não está seguindo a lei, ele está sendo forçado por uma lei, a se por em movimento. Só que esse ato de forçar... lembra das pedrinhas do rio? A pedrinha do rio é toda polida, não é, aquelas pedras assim na margem do rio é tudo polidinho, bonitinho. Mas assim que a pedra quebra, ela não é toda polidinha e arredondada não, ela é toda cheia de arestas.

Esse copo, quando a natureza o põe em movimento... isso aqui é um ser, um ser recém-chegado no reino humano... a vida vai pô-lo em movimento. Ele vai pensar que as escolhas dele são dele, mas não são dele essas escolhas, é do grau evolutivo que ele alcançou. Então, um ser primitivo vai agir de uma certa maneira, só que, com o passar do tempo, o ser começa a ser refinado pela evolução, aí, ao invés de arrastar, ele vai... deixa eu ver aqui... ele vai rolar. Quando ele rola, ele colocou uma lei a seu favor. Esse movimento é uma lei evolutiva, ele já está usando uma lei evolutiva, ele não está simplesmente sendo usado por uma lei. Um ser mais evoluído possui em si leis evolutivas em funcionamento. Então, essas leis evolutivas em funcionamento, fortificam o ser, deixam o ser mais poderoso sobre o meio em que ele vive. Aí ele pode pensar inicialmente: “- Eu tenho poder sobre isso...” mas ele continua sendo movido pelas leis da natureza.

Nós nunca temos realmente poder de escolha. Mesmo quando você fala “- Não, eu escolhi o bem e não o mal.”, a sua mente chegou num ponto tal de refinamento, ditado por uma série de forças da natureza. Quando uma pessoa começa a conviver com você e começa a te influenciar, veja essa pessoa como uma força da natureza operando em você. Você percebe as forças da natureza operando em você. Só que como você está cheio de vida, e essa vida se mistura, numa mistura maravilhosa, numa diversidade interna que absorve cada vez mais a diversidade externa. A complexidade do ser faz ele acreditar nessa falsa ilusão de que ele possui escolha, porque são tantas escolhas que, quando dá o resultado, você fala: “- Eu não escolhi aquela, eu não escolhi aquela, eu escolhi esta, então eu tenho o poder de escolha.”. Mas o que não sabe, é que as forças da natureza moveram mais para aquele lado.

De início a gente pode não aceitar isso, mas com a meditação, com as práticas, com o refinamento, chega a um ponto tal que você vê que você fala, você anda, você dorme, você namora, você trabalha, você tem família, você envelhece, nasce, morre, encarna, desencarna, e vai indo mudando de meio, e quando você para e pensa, você mesmo está só assistindo tudo isso... o que opera ali não é você. Você só observa e sente, mas sem interferir em nada! Então imagine: “- Ah, não, o mundo da natureza está muito chato, eu quero transcende-lo.” Aí você passa a ir além dele, nada disso aqui passa a te afetar, nem as coisas ditas boas e nem as coisas ditas ruins do mundo da natureza, passam a te afetar. Você vai além disso aí. Mas até conquistar essa liberdade condicional, demora um pouco, porque nós somos cativos da mente. A mente nos escravizou, precisamos nos libertar dela.

Então, muitas vezes a pessoa chega e diz: “- Ah, estou com um problema...”... Não tem problema nenhum, você não tem problema absolutamente nenhum. A sua mente, no momento, no seu estado evolutivo perante as leis da natureza, tem um problema, mas você não tem problema, você não! A mente tem. Ela, por ela mesma, ela evolui, porque está agindo com as forças da natureza. Enquanto você acreditar que é você que fala, que é você que pensa, que é você que sente... Você não se altera jamais! O que você é, na outra encarnação, continua a mesma coisa, e daqui a um milhão, um bilhão de anos, vai continuar a mesma coisa. Só que daqui a um bilhão de anos, essa que você chama de mente da sua mônada, não será mais a mesma. Sua mônada terá um nível enorme, mas como a sua mônada estará sendo assistida pelo seu Eu Sou, você ainda continuará com aquela sensação de que você é você.

Então, imagina, a luz do Sol ilumina árvores, montanhas, pedras, prédios, e cada uma dessas coisas que o Sol ilumina, acredita que é único. Na verdade, o que dá essa noção de identidade é a luz do Sol que está iluminando tudo, o Sol único, o Eu Sou. Por isso, ao refinar a sua natureza você evolui, você põe a evolução em movimento em si, não vai ser aquele quadrado que a evolução tem que forçar a ir de um lado para o outro. Você mesmo vai se mover harmonicamente na vida, ao invés de ficar dando cabeçadas na vida, vai ficar se harmonizando.

Quando a gente atinge esse ponto de entendimento, a mente pode possibilitar que o Eu Sou venha e volte. Nós vamos, em breve, escrever tudo isso de uma forma bem sequenciada para todos poderem compreender isso aí, mesmo que não concordem com o conceito. Eu não estou aqui para ninguém concordar comigo, estou aqui para oferecer um caminho que ajuda a alcançar uma felicidade, uma paz, uma alegria que não depende de prazeres, e nem que seja prejudicado por dores... que está além do prazer e da dor. Vai depender de cada um conseguir ir por esse caminho.

Amor é necessário na parte de purificação da mente. Simplicidade, humildade, verdade, são aspectos da purificação da mente. Inicialmente nós estamos na fase de refinamento, depois entraremos na fase de purificação. Nós precisamos nos tornar harmonizados com o movimento da vida. Nós já somos tudo, nós não vamos fazer nada para nos tornarmos melhores porque nós já somos. Eu sou... você, você é Eu... Mas a nossa mente é fragmentada, formando mônadas. A sua mônada não é a minha mônada. Isso cumpre a lei da natureza, é um fragmento da natureza, mas a luz que incide em sua mônada, indo de mente para mente, e dá a percepção de que você É, essa luz provém da mesma fonte que provém a luz que me dá a noção de que Eu Sou também.

Imagina a luz... ela bateu no chão, bateu no móvel... o que está mais lustrado reflete a luz melhor, mas continua sendo a mesma luz! Não existe diferença nenhuma dessa luz, nenhuma! Onde ela está incidindo é que apresenta diferença. Com o refinamento, a diferença pode sempre continuar existindo, mas alguns, mesmo com a diferença, se tornarão espelhados e transparentes. Não importa se é transparente, originalmente vermelho, ou originalmente amarelo ou verde ou azul... os raios da evolução, não importa! Quando se transformou em transparente, a luz atravessa do mesmo jeito, transcende-se a mente do mesmo jeito. São características da natureza.

Isso chamado natureza, a nossa humanidade pouco entende do significado dessa palavra, pouco entende. Porque nós somos muito isolados de nós mesmos, uns dos outros. Por isso, não pense que eu estou simplesmente ensinando exercícios para trabalhar o corpo, não é isso. Isso é uma parte do caminho, trabalhar o corpo, o pensamento, para refinar a mente, depois purifica-la, isso é parte.

Nas técnicas anteriores, os 7 Faluns, aquele dos chacras, não tenham pressa. Isso que eu estou colocando aqui é uma introdução. Quando terminar os sete exercícios, aí nós vamos fazer apostila, ou vídeo, com os exercícios todos certinhos, na sequência, e nós vamos tirar um período para ir lá para fora, praticar os exercícios. Aí nós vamos praticar, vamos aprender esses exercícios, e ir para casa e faze-los, junto com a prática dos conceitos e dos conhecimentos. Porque tem exercício que a gente pratica quando interage uns com os outros. Não é levantando a mão, ou baixando, ou fazendo... não... é quando a gente interage uns com os outros.

No exercício dos 7 Faluns, você coloca o movimento do cosmo dentro de você. É para isso! O movimento do cosmo, da galáxia, você pões dentro de você. A Roda da Lei. Qual é a lei?
Evolução. A evolução é o aro da roda. Uma roda de bicicleta, por exemplo, tem o aro e os raios. No centro está o eixo. O eixo está ligado à bicicleta. Quando a roda entra em movimento, põe a bicicleta em movimento. Você precisa ser como a bicicleta. Tenha um eixo, fique no centro da roda. Com as leis, que são os raios, apoiando você ao aro, que é a lei maior, a evolução.

Os 7 Faluns é para produzir em você a Roda da Lei, da Lei de Evolução. Você está colocando dentro de você a Lei... lembra do quadrado que não roda? Que desliza? Lembra do redondo, que rola? Quando rola, você está com uma Roda da Lei em você! Você tem a força da Lei da Evolução, ela está em você. É uma força que ninguém consegue ter uma força mais poderosa na natureza, é a força da evolução, a Lei da Evolução. Não tem nenhuma lei mais poderosa que essa. Se você vai mover essa força em você, vai refinar demais a sua mente, possibilitando se preparar depois para purifica-la e para transcende-la.

Então, os 7 Faluns é para isso, é 7 Rodas da Lei no chacras para que a energia entre pelos sete chacras e suba até o último chacra, e saia para as outras mentes. Eu vou explicar isso mais adiante em outras aulas... o que é que faz. Porque, olha só, o Sol... a energia do Sol vem até a última mente e depois volta para o Sol. O que eu estou ensinando, o Caminho da Consciência é isso! É quando a consciência vem do Eu Sou, até a mente mais densa, e depois volta da mente mais densa até o Eu Sou, esse é o Caminho da Consciência.

O que estamos tentando fazer é ensinar como é que você faz para favorecer a sua evolução para que a consciência caminhe um pouco na sua mônada, na ida e na volta, e aí você possa ir além da sua própria mônada, que é o conjunto de mentes que constrói os vários corpos de manifestação, o físico, o astral, o mental.

Eu sei que alguns estão vindo aqui que não estão muito familiarizados e podem estranhar. Mas tenha paciência e persistência, no final dessa história você vai ver que a sua vida está muito melhor mesmo vivendo neste mundo. Você vai falar: “- Ah, mas o mundo está ruim, é? Não estou sentindo não!”... vai parecer um louco, porque todo mundo (gritando e reclamando das dificuldades, etc.), e você estará na mais perfeita paz. Aí o pessoa vai chegar e dizer que você tem que se descabelar com tanto caos e sofrimento, e você vai estar perfeitamente sereno e tranquilo 

O outro, abriu... a Roda se pôs em movimento... começou a entrar energia do cosmo harmônica no seu corpo. Só que, imagine, um tanto de mangueira, essas mangueira que a gente rega jardim aí, a calçada, tudo enrolada, com nós, toda obstruída, e a água tentando passar ali... Não vai dar. A mangueira tem que ser esticada para a água fluir bem dentro dela, tem que ser desembaraçada. O segundo exercício, chamado Esticando a Corda, é exatamente para a gente esticar os canais de energia por onde a água vai passar, ou a energia da VIDA, que a Roda da Lei começou a captar. E aí propaga-se. Entrou... circula em nosso corpo... você abriu os canais.

Você imagina que há três gerações, o seu braço tinha uma série de mangueiras ou de canais que estavam com nós. A energia estava estagnada ali, selada... de repente você abriu... pode dar algum incômodo, é natural. Há várias gerações o negócio está fechado... você vai abrir para a energia passar, aí vai dar um incômodo. Mas depois o incômodo desaparece.
Hoje, o quê nós vamos fazer? Nós vamos fazer a energia circular. Só que eu preciso confessar: estou ensinando só a metade da técnica, no Nível 1. Existem mais três partes da técnica, que eu não vou passar nesse nível. No Nível 2 eu passo mais duas. Ainda falta mais uma terça parte para quando a pessoa atinge um nível muito avançado, que é a quinta parte dessa técnica. Tem duas partes a mais que eu ensino... nossa como o tempo passa rápido, né? ... Fora da mente não existe tempo. Pessoas que transcendam a mente, estão além do tempo. Mas enquanto não se transcende a mente, o tempo existe, então a sua mente fala para a outra mente: “- Passou meia hora.”... Aí fala para todas as mentes; “- Passou meia hora.” Mas aquela mente que não está ligada a esta realidade, para ela não existe essa meia hora não.

Quando a energia vai circular em nosso corpo, ela segue por determinados canais. O exercício de hoje é para a gente fazer com que a energia circule pelos canais. Esse exercício, abre grande parte dos meridianos do corpo. Não abre todos, mas abre uma grande parte dos meridianos do corpo. Porquê eu não vou passar o exercício completo no Nível 1? Deve estar vindo gente aqui pela primeira vez, e eu vou voltar a explicar. Quando estiver escrito, eu não vou ficar repetindo isso tudo não, a pessoa vê lá...

O exercício com a força diminuída, já é poderoso demais. Se eu colocar ele completo, sem acompanhamento, você pode impossibilitar-se de continuar fazendo todos os exercícios, porque você vai ficar sobrecarregado. É muita energia em um fusivelzinho ainda fraco. Então é preciso ter um trabalho para fortificar você, para você poder suportar toda a força, para dosar esse benefício. Aqui a gente não tem como dosar individualmente. Então eu coloco um exercício mais abrandado, mas mesmo mais abrandado, ele é muito forte, ele desenvolve muito e rápido.

O exercício que nós vamos fazer daqui a pouco, ele se chama “Grande Circulação”. Quando se pratica ele com assiduidade, como vai ser indicado, se desenvolve a abertura da maior parte dos canais do corpo, onde 90% dos canais do corpo são abertos, os canais de energia, os meridianos, as nádis, como dizem os hindus, os yogues, os nádis. 90% das nádis serão abertas com esse exercício que será passado. Não será 100% porque os outros nádis que não serão abertos, são nádis muito avançados. Uma pessoa que não tenha um nível de consciência já mais consolidado, não deve abrir determinados nádis mais avançados, porque poderia fazer coisas ruins com a própria pessoa. Por isso, sem o acompanhamento devido, nós vamos possibilitar só 90%.

Deixa eu explicar uma coisa. No planeta Terra tem muitos centros iniciáticos. Os principais são os hindus, os tibetanos, os chineses, tem no Nepal também. Mestres muito antigos guardam ciências do domínio sobre o corpo, que foram perdidas. Agora estão sendo resgatadas na nossa época, a época da verdade. Portanto, esses mestres estão ensinando novamente. Grande parte das técnicas do Caminho da Consciência são ensinadas por um mestre espiritual que já, há várias encarnações, acompanha minha evolução, que está me ensinando, e eu estou procurando repassar para vocês alguns desses métodos, dessas técnicas que ajudam a gente a refinar o corpo, e purificar o corpo e a mente, para possibilitar uma clareza maior na mente, junto com os conceitos evolutivos que serão passados.

Esse exercício abre 90% dos nádis da pessoa. Junto com os demais, ele vai melhorar muito a saúde da pessoa, muito mesmo! Vai chegar um ponto em que ninguém aqui vai ficar mais doente, quem praticar os exercícios. Depois, uma das coisas que a gente observa é, em poucos dias de prática, a leveza... a leveza corporal. Você começa a desenvolver uma leveza muito grande. Você pode ver a balança e ver que está com 90 quilos, mas você não vai sentir que você está com 90 quilos, não vai. Você vai se sentir leve, mesmo tendo uma considerável massa física, você pode se sentir leve, porque vai criar cinturões de energia no seu corpo, e eles vão gerar um campo gravitacional em volta do seu corpo que vai te dar leveza. Essa leveza vai te dar agilidade, você não vai sentir tanto o seu corpo, com os outros exercícios também. Dá um bem estar corporal. Sempre terá boa disposição.

Muita coisa que gera instabilidade na mente faz nos sentirmos vulneráveis, corporalmente vulneráveis. Essa sensação de vulnerabilidade precisa ser removida do nosso corpo, da nossa mente. Esses exercícios ajudam a remover as sensações de vulnerabilidade corporal. Por isso, se quer abrir e circular a energia no corpo, faça esse exercício. Naturalmente, se não aprendeu, espere mais um pouco. Em breve, uma semana, você vai poder praticar todos esses exercícios na sequência.

Os 7 Faluns, Esticando a Corda, Grande Circulação. Esses são os três exercícios que até agora foram ensinados. Na próxima aula eu vou ensinar mais um exercício. Aí você fala: “- Nossa, mas é difícil demais!” Tem exercícios que você vai fazer muito, tem outros que você só vai fazer quando os primeiros alcançarem determinado nível. Então, a prática leva em torno de uma hora, uma hora e meia de prática diária, com todos os exercícios, todo dia. Só que isso... Você já imaginou você chegar no final do mês, e tirar a metade do seu salário e colocar, digamos, na poupança? Depois de um ano você vai ter algum dinheirinho na poupança. Depois de dez anos, um bom dinheiro você terá. O que você vai fazer, é uma poupança espiritual.

Você vai, todo dia, investir em sua evolução. Esse investimento vai ser acumulativo, até que um dia você vai usufruir disso que você está acumulando ali. Aí você vai ver... “- Nossa! Aquela uma hora e meia, uma hora, que eu tirei...” Poxa... 24 horas... o quê é uma hora, uma hora e meia?! Pouquinho, dá para tirar! O resultado é muito bom, muito bom mesmo! É só vivendo para saber, eu não vou dizer mais que é bom não. Quem praticar isso vai ver que é bom.

Perguntas:

P1) É preciso fazer energização nas mãos para começar os exercícios?
R1) Não, não é necessário. É exatamente como eu passei ali. Pernas ligeiramente flexionadas, mudra inicial, postura de descanso... depois começa o primeiro movimento. Fez dez vezes o primeiro movimento, postura de descanso... Essa postura estabiliza a energia do corpo... Aí muda o movimento, aí faz o movimento lateral. Fez dez vezes o movimento lateral, postura de descanso, mudra finalizando e acabou. Aí passa para o próximo exercício. Já tinha feito dois anteriores, Os 7 Faluns e Esticando a Corda, e aí depois Grande Circulação. Quando a gente passa o exercício, pode parecer pouco, mas quando a gente junta todos os exercícios, você vai ficar, de início, doidinho para acabar logo... “- Ai meu Deus, isso aí não acaba... ô caminho comprido!”. O que eu recomendo para o indisciplinado... não dá para você fazer dez vezes, achou comprido, faz uma! Se você não conseguir fazer as dez, faz uma. É melhor fazer uma do que não fazer nenhuma. Porque o hábito de fazer uma vai tornar agradável. No dia que não fizer nenhuma vai parecer que está faltando alguma coisa. É igual passarinho: “- Ah... hoje eu não voei, o dia não foi muito bom, preciso dar uma voadinha hoje!” Você já imaginou um passarinho que nunca foi preso em gaiola, um dia ele fica empuleirado o dia inteiro vendo o tempo passar e...” eu ainda não vi um passarinho fazer isso! Porque é uma coisa prazerosa para ele, de acordo com a natureza dele. Se a sua natureza não for essa, vai fazendo aos poucos, até virar um hábito e o hábito se consolidar.

P2) Qual a relação entre os siddis e o movimento da mente?
R2) Quando uma pessoa refina a sua mente, os siddis é uma consequência natural. E no mundo em que nós vivemos, precisa ser tratado de uma maneira discreta. Siddis, para quem não entende o que isso quer dizer, são os poderes paranormais. Quando você refina a mente, desenvolver paranormalidade é uma consquência natural. Como alguém que trabalha de forma honesta, eficiente, útil, produtiva, ganhar dinheiro é uma consequência natural. Se você oferece uma coisa de qualidade, você vai receber uma coisa de qualidade. Se você refina a mente, você desenvolve poderes paranormais. Mas esses poderes, eles não devem sair mostrando para os outros, porque em nossa cultura a maior parte das pessoas não tem poderes. É falta de humildade sair mostrando isso para todo mundo. Além do fato de que, se valoriza demais isso, isso te distrai... o poder está sujando a mente. Hoje em dia, o quê distrai as pessoas? Televisão, maledicência, festinhas... isso distrai. Então você imagina, uma pessoa tinha um computadorzinho ali, aí ela conectava com a Internet, ficava lá cinco, dez horas por dia na Internet, aí de lá ia para o video-game, ia para a televisão. Faculdades paranormais é como a Internet da vida... a pessoa pode viciar e ficar o dia inteiro, como com computador, televisão, como festinha... Precisa ter cautela. Não é ter medo, não é isso! Mas receber com naturalidade, porque senão você pode perder a encarnação inteira atrás de poderes ditos paranornais, e aí você não vai conseguir nem refinar muito a sua mente, e muito menos transcende-la. Porque você não vai querer transcender. Tem passarinho que está tão viciado em ficar dentro da gaiola que você pode abrir a porta da gaiola que o passarinho não sai, porque a distração lá dentro está muito interessante, ele não quer ir lá para fora! Se você tornar a distração nessa sua mente mais interessante do que o ato de sair, de transcender a sua mente, você jamais vai querer transcender a sua mente. Por isso, deixe os poderes virem, quando eles vierem, deixe eles existirem normalmente, mas sem sair fazendo circo, né, porque, na maior parte das vezes, não tem utilidade você mostrar os seus poderes para os outros. Quem refina a mente desenvolve os poderes, agora, para quê sair fazendo show, se não é a sua função? Viva, simplesmente. E tenha a humildade de não sair se colocando numa situação superior à daqueles que não desenvolveram certos poderes. Você já imaginou, você chegar num lugar onde as pessoas não podem andar, e você pode, e você fica lá pulando de dizendo: “- Ah, eu posso e vocês não podem!”? Não seria muito amoroso isso, não, não seria mesmo! Por isso, poderes, ou devem ser usados como instrumento para servir o próximo, de forma discreta e humilde, ou deve guardar para você mesmo. É o mesmo da pessoa ser inteligente: se a sua inteligência não consegue tornar a vida do seu próximo melhor, é melhor você guardar ela para você, ao invés de numa reunião social, você ser o dono da conversa na reunião... tudo você sabe! Isto não é bom! Você não deixa ninguém existir naquele espaço! A pessoa começa a falar de uma coisa, você domina aquela coisa, outro começa a falar de outra coisa, você domina aquela coisa... Nossa, como fica chato! Não tem ar para mais ninguém, você toma o ar todo do lugar! Por isso, muita cautela com os poderes. Só aqueles que têm muita maturidade é que, de fato, desenvolvem os poderes mais avançados, Os pequenos poderes podem ser desenvolvidos por pessoas que não têm maturidade, mas não são pequenos ao ponto de não distraírem a pessoa... são pequenos mas distraem, e a pessoa pode perder uma encarnação inteira. É um grande perigo, se envolver com os poderes! Compreenda, nós não estamos dizendo que não se deva mexer com poderes, só que eles podem distrair bem mais do que os sentidos corporais.

P3) Quer dizer que tudo aquilo que fazemos é porque somos guiados pelas leis da natureza, não temos livre-arbítrio?
R3) Exatamente isso, nós não temos livre-arbítrio. Lembra do copo? “- Ah, eu estou descendo pra lá porque eu quero!” Não, ele não está indo pra lá porque ele quer, mas ele pensa que é porque ele quer. As leis nos conduzem. Quando a gente sai da mente, a gente percebe isso... “- Ixe... eu não sou a mente, não sou eu que determino o que eu vou fazer! São conjunções da natureza que determinam o quê eu vou fazer!” Tem muita gente que fala assim: “- Nossa, eu estou com um problema de saúde, problema afetivo, problema familiar, problema profissional... nossa, minha vida está horrível... me ajuda... me tira esses problemas!” Tudo bem, o problema pode ser tirado assim, ó... mas a bola de chumbo vai ter que deixar de ser de chumbo pra não afundar na água, vai precisar se tornar de isopor. Vai precisar mudar o componentes que compõem a natureza da pessoa. Enquanto a natureza dela for uma, ela vai agir exatamente de acordo com aquela natureza, não adianta achar ruim não. Se você chegar num animal selvagem, ele vai agir como um animal selvagem. Se você chegar numa criança imatura, inconsequente, precipitada, distraída, ela vai cumprir a natureza dela. Você não pode falar pra criança: “- Nossa, você deixou o negócio cair e quebrar!” Aí a criança pode, simplesmente: “- Ah, eu não consigo movimentar minhas mãos e meus braços direito, eu não aprendi!” Isso é a natureza dela. Não é o livre-arbítrio: “- Eu deixei quebrar porque eu quis!” Ela simplesmente cumpriu a natureza dela. Se chegar numa pessoa muito ignorante e você expor uma coisa, e ela agir daquela maneira ignorante, e você ficar chateado porque ela não compreendeu o que você queria, então você vai estar sendo mais ignorante que ela, porque ela, peno menos, segue a natureza dela, você não está seguindo a natureza que você já possui, que é de maior entendimento, porque outras naturezas estão ainda te contaminando, te influenciando. Eu lembro uma história que ilustra bem essa coisa da natureza. Eu vi num livro de Yoga, de yogue, melhor dizendo, não é de Yoga, é de yogue. É a história de um mestre que falava que Rama seria Deus e estava em todos os seres. Um dos grandes discípulos dele, pôs na cabaça isso, e um dia, estava descendo uma rua, e um elefante enlouquecido... acho que já contei essa história em outra aula... não contei? É que eu adoro essa história... Não contei? Então foi em outra aula... Aí dois homens pararam... esse discípulo do iluminado disse: “- Não vai lá não que tem um elefante enlouquecido... se você for lá, esse elefante vai te matar.” Aí ele falou: “- Não, eu vou porque Rama está em todos, Deus está em tudo, está no elefante também, e Deus no elefante não vai deixar ele me matar.” Aí ele foi lá e o elefante pegou ele, jogou ele no chão e quebrou ele todinho, aí ele ficou lá todo arrebentado no chão. Aí eles correram, chamara o médico dele, e o médico dele chegou lá e com um poder transcendental, reviveu ele. Ele levantou, aí o médico falou pra ele “- O quê foi, você enlouqueceu, de enfrentar assim um elefante enlouquecido?”. Ele falou: “- Mas, mestre, você não falou que Deus está em todos? Deus também não está no elefante?” Aí ele falou: “- Sim, só que o elefante não sabe disso, rapaz!” “- Deus te avisou através dos outros, que falaram pra você não ir lá... Deus estava ali te avisando, Deus também estava ali naquelas pessoas, só que essas pessoas estavam mais conscientes de Deus, de que Deus estava nelas. Eles foram lá te avisar... e você foi lá... ferrou!” O elefante está ali com aquela natureza, ele vai agir mesmo com Deus estando dentro dele, ele vai agir exatamente do mesmo jeito que um ser inconsciente agiria! Por isso, respeite a natureza do mundo, a natureza da vida, sabendo que se você age de uma determinada maneira, não adianta ficar pensando “- Ah, eu sou um pecador, eu sou um errante, eu sou isso, eu sou aquilo...” se condenando... Isso não funciona! A gente não deve condenar nem a nós mesmos! A sua própria natureza, diante das leis evolutivas, vai te refinar, não se preocupe. Uma civilização tem direito de reivindicar os atos de alguém, mas não tem o direito de cobrar os atos de alguém. Cobrar como “- Você não pode ser isso!” Você chegar num pé de mangueira e falar “- Você não pode ser um pé de manga, não tem cabimento isso, você tem que ser outra coisa, um pé de jaca, você não pode ser um pé de manga!”... nós não temos esse direito, não temos. Nem de cobrar que a gente tenha uma natureza diferente da que a gente tem. Isso é (parece) uma visão muito comodista então, né? A gente vai ficar lá e deixa que a própria natureza vai tratar de refinar. Então essa vontade que você tem de se auto-aprimorar, é a sua mente que chegou num ponto tal que está favorável a se auto-aprimorar. Não é o seu Eu Superior que está falando pra você se auto-aprimorar não. Seu Eu Superior simplesmente É, ele não fala nada pra você, nada!

P4) Qual é a vantagem e desvantagem de se fazer mantras e exercícios antes de dormir, já que o ideal, segundo você, é pela manhã?
R4) O ideal é pela manhã. Porquê pela manhã? Porque você já começa o dia, todo harmonizado, todo em sintonia com a energia cósmica. Você vai trabalhar melhor, vai andar melhor... o dia vai ser melhor. À noite, você já perdeu o dia inteiro... aí você sai, vai pro plano astral, e se não está forte o suficiente, volta um pouco descarregado. Então é melhor fazer de manhã, pra este mundo aqui, por causa disso, pra você viver o dia melhor.

P5) Você disse que livre-arbítrio não existe, e a lei de causa e efeito?
R5) Essa, com certeza existe, é uma lei da natureza. A lei de causa e efeito é uma das leis fortes da natureza, ação e reação. É uma das leis que ajuda a gente a refinar, mas ela não é construída pelo livre-arbítrio. A ação e reação: uma ação leva a uma reação, não por livre arbítrio. Não importa se você é uma pessoa boa. Se você fez uma ação, a reação vai ser a mesma que uma pessoa dita ruim tivesse feito, vai ser a mesma reação. Então, a lei de ação e reação não depende de livre-arbítrio. Os animais sofrem, as plantas sofrem, todos sofrem a lei de ação e reação.

P6) Há contra-indicações em praticar os exercícios, para quem está tomando remédios de homeopatia ou no caso de mulher grávida?
R6) Não, não há contra-indicação não, porque só trabalha com energia positiva, a gente não trata com nada que movimente energia negativa. Então, pode fazer. No entanto a criança, o nenê em questão, ele vai achar interessante ver aqueles turbilhões de luz entrando no corpo da mãe dele. Ele, de início, pode tomar um susto, né, se for um espírito ainda um pouco primitivo, o que na época atual seria praticamente impossível, porque os seres que estão reencarnando, são seres mais evoluídos atualmente, são seres que vão experimentar aí a nova fase na Terra. Então ele só estranharia aquele turbilhão de energia, mas logo se familiarizaria e seria beneficiado por esse turbilhão. Muitos problemas que ele nasceria, ele já não vai nascer com esses problemas, porque será limpo no útero da mãe. Então, não é prejudicial não.

P7) Nós somos o outro, porém de forma fragmentada. Por quê é, para quê é essa fragmentação?
R7) Refina e purifica, somente, pra saber. Estou aqui somente pra ensinar o caminho, não é pra dizer como é que é o gosto daquela fruta que tem depois da décima colina que a gente vai descer e subir. Quer saber como é o gosto daquela fruta? Chega lá, tira do pé, mastiga, aí você vai saber. Eu não vou dar a cola da prova. Não adianta dizer: tem gosto de... caqui... quem nunca comeu caqui... tem gosto de caqui... “- Eu não sei como é que é caqui!”... “- Não, caqui é mistura disso com aquilo”... “- Eu também não conheço isso nem aquilo” Impossível! Tem coisa que você tem que ir lá, não dá pra... como é que você vai falar aquilo que não existe nome?

P8) O exercício de Esticar a Corda é feito numa série de três?
R8) Você inicia: um. Com a prática, você aumenta pra dois, em uma semana você vai pra dois. Na segunda semana você vai pra três. Você pode aumentar até chegar a uns dez. Um, já seria um bom número. Dez, seria o máximo que é recomendável no nível 1, juntamente como os outro, vai aumentando. Não aumente os exercícios isoladamente, nunca faça isso. No caso dos 7 Faluns, ele não tem aumento, é aquilo lá e pronto. Mas tem outros exercícios que têm aumento. Os que têm aumento, não faça o... Grande Circulação tem aumento. Eu vou falar mais adiante sobre o aumento, por enquanto pratique o que foi passado. Mais adiante a gente vai incrementando, não dá pra passar tudo de uma vez.

P9) Com o tempo, através da prática de exercícios, uma pessoa será capaz de deixar de ter medo de morrer?
R9) Sim! Se o corpo físico se refinar a um nível tal que você possa transcender o seu corpo físico, você não terá medo nenhum de desencarnar, e se o refinamento for realmente bom, você não terá nem o susto de desencarnar. Por isso, é uma maravilha trabalhar o refinamento da mente, você transcende realmente a mente. Onde se situa a mente? Cada mente se situa... Eu vou dar um exemplo: mente física. Mente física é composta de corpo físico... então, olha, a sua mente está sentada na cadeira em que você está sentado, é o seu corpo. Só que a sua mente não é só o seu corpo, ela está além, ela é os pensamentos... quando você pensa em levantar, é a sua mente pensando em levantar. Então, sua mente também é pensamento. Quando você sente alguma coisa, isso também é sua mente. Então, a sua mente é o corpo, é o pensamento e é o que você sente. Onde ela está? Sua mente física está no seu corpo físico, mas não só no seu corpo físico, porque o corpo físico é parte da mente. Então, se você está pensando na sua cama, agora, onde está a sua mente? Parte dela está aqui, que é o corpo, a outra parte está lá na sua cama. Onde está o seu pensamento, está parte da sua mente, não toda a sua mente, mas parte dela está lá. A mente pode ser muito grande, mas muito grande mesmo! Ou também pode ser muito pequenininha. Se você põe na sua mente que existem não sei quantos obstáculos... aqueles obstáculos vão existir. Não existem obstáculos: não vão existir aqueles obstáculos. Respeitando as leis da natureza, você não vai estar desrespeitando nenhuma lei da natureza. É que a sua mente vai estar movendo leis maiores que anulam a força de leis menores. Anula, não destrói, não desrespeita. O avião não está fazendo a lei da gravidade desaparecer, a lei da gravidade continua. O avião desafia essa lei com a lei da aerodinâmica. Só que, o motor parou lá no avião, a turbina parou, a lei da gravidade fala “- Ah, isso que eu estava esperando!”  Então, uma lei maior neutraliza a força de uma lei menor, não quer dizer que uma lei maior faça uma lei menor sumir. Uma vez que uma lei maior não esteja atuando, uma lei menor passa a ter o poder ali.

P10) No contexto do livre-arbítrio relativo, qual é o papel dos pais na educação dos filhos?
R10) Transmitir para os filhos sua própria natureza! Ou a natureza que você está se tornando. Mesmo que você não queira, se você for uma pessoa agressiva, e você tenta ensinar a mansidão ao seu filho, você não vai conseguir. Porque mesmo tentando dar uma de manso, ele vai perceber que você está segurando por dentro, querendo, né... agredi-lo. Ele vai receber de você a sua natureza. Ninguém dá o que não tem. Por isso, vai ser natural, você transmite... O filho recebe a energia pré-natal sua e da sua companheira ou companheiro. Recebe a energia pós-natal também sua e do meio em que ele vive... É exatamente o que você tem. Mesmo com essa coisa de livre-arbítrio, não tendo livre-arbítrio, você passa o que você tem, não tem alteração no que você vai passar. Se você tem uma natureza evoluída, você vai passar um comportamento mais evoluído pra ele. Se a sua natureza não é tão evoluída, você passa a natureza menos evoluída pra ele.

P11) Quando faço os exercícios, às vezes sinto dor nos braços. O quê fazer?
R11) Se a dor for insuportável, diminua um pouco o exercício, e persista. Com o tempo a dor passa. A dor é criada pela energia impura do corpo, pelos bloqueios, pela energia da ignorância, a energia tamásica no corpo. Não adianta pensar assim “- Eu vou fazer o máximo que eu der conta.” É cultivo... você faz o tanto certo num dia, no outro dia, você tenha paciência e persistência, não vai conseguir refinar de uma hora pra outra. Nossa, eu fico lembrando umas vezes que eu fiz os exercícios e exagerei um pouco, e fiquei dois dias que eu não conseguia nem sentar nem deitar. Sentava, aí incomodava e ficava em pé... depois incomodava e eu tinha que sentar... foi muito desagradável, viu... Eu fico pensando assim... Eu vivi na pele! Eu soube o que fazer: rapidinho eu fiz o que era necessário, aí ajustou tudo. Uma pessoa pega uma prática, sem o acompanhamento de alguém... depois faz o exercício inadequadamente, fica sem poder nem sentar, nem ficar em pé, nem deitar direito... Aí fala: “- Esse exercício é do mal, não vou fazer isso não!” E, na verdade, era um sintoma porque estava exagerando no exercício.

P12) O quê é Falun?
R12) Falun é uma roda, é uma forma-pensamento criada na natureza, que representa: o aro da roda representa a lei da evolução. O que preenche o aro da roda, são as diversas leis menores que apoiam a lei da evolução. Essa roda está sempre em movimento, sempre, ela nunca para, ela está sempre em movimento no mundo da forma. Quando uma pessoa não está em harmonia com a natureza, ela não possui essa roda, em harmonia dentro dela. A roda, ou está parada ou não está completa, ela não está redonda, ela está meio quadrada, como eu expliquei, por exemplo, do copo que não rola. No Caminho da Consciência, uma das práticas é criar a roda do Falun, a Roda das Leis Evolutivas, pra que nós fiquemos em harmonia com o movimento da vida, e usemos a nosso favor o movimento da Roda da Lei Evolutiva, que tem o poder máximo no mundo da natureza. Então, isso é o Falun, a Roda do Falun. Nós trabalhamos com sete rodas, com 7 Faluns. Meridiano é o nome dos canais de acupuntura, muito desenvolvidos originalmente na China, a percepção desses canais. Tanto que a Acupuntura, trabalha nos Meridianos, nos pontos, nas cavidades que ficam nesses canais de energia que tem pelo corpo. Tem canais nos rins, nos pulmões, coração, fígado... várias partes do corpo têm canais associados. Quando determinado órgão fica enfermo, geralmente é porque aquele canal, em determinado ponto dele, tem um bloqueio que não deixa a energia vital vitalizar aquele órgão. O exercício Esticando a Corda e A Grande Circulação abrem os canais de acupuntura, possibilitando mais saúde, entre outras coisas, para a pessoa.

P13) No primeiro movimento do exercício Esticando a Corda, as palmas das mãos devem ficar viradas para cima ou para baixo?
R13) Tem exercício em que ela fica virada pra cima. Só tem um... não, tem dois. Esse aqui é virado pra cima... olha aqui... Esse nem conta, que é só mudando a posição... e Segurando a Água, em que também a palma da mão fica virada pra cima, quando a gente leva os braços pra trás. Os demais, são todos pra baixo. No fim, depois, vamos poder tirar os detalhes.

P14) É possível ter consciência das leis da vida, sem a consciência do Eu Superior?
R14) Está tudo associado, porque não dá... consciência da lei da vida é a consciência do Eu Superior. Na verdade, o Eu Superior não transmite nada pra nós. A natureza que, ao perceber a existência ou, melhor dizendo, a não existência daquilo que sustenta a vida... Porque não existência? O Eu Superior não existe... Tudo que existe, antes não existia, e passa a existir... depois voltará a não existir. Isso é instabilidade, característica que o nosso Eu Superior não tem. Nosso Eu Superior sempre é estável, ele não está sujeito a evolução. A nossa Mônada está sujeita à evolução. Mônada e Eu Superior não são as mesmas coisas, não são. Muitas vezes a gente fala; “- Não, Eu Superior e Mônada são a mesma coisa”... Isso quando analisa superficialmente. Quando alguém diz que Deus é Amor não está mentindo, mas Deus não é só Amor. É falar de uma forma simplória, de uma forma infantil, algo muito profundo.

P15) Todo e qualquer movimento que fazemos, mesmo o mais inconsequente, é parte de uma programação evolutiva?
R15) Sim. Uma programação que está sendo alterada permanentemente pelo turbilhão. Nós somos, na verdade, uma panela evolutiva. A cada momento, a cada vez que passa a colher nessa panela, os componentes se alteram, uma verdadeira alquimia coletiva. Por isso, é característica da natureza, todo movimento.

P16) Existe algum livro que comente essas escolas iniciáticas sem contar mentiras?
R16) Na verdade, não existe mentira. Existe tipos de características de percepções. Uma coisa que pra você não é realidade, pra outra pessoa pode ser realidade. Então, onde está a mentira nisso? Uma pessoa, por exemplo, acredita que é rica, mas ela é pobre. Pra ela, ela é rica, mas pra outras pessoas ela é pobre. Se ela precisa viver no mundo agindo como uma pessoa pobre, porque dentro desse mundo ela é classificada como uma pessoa pobre, mas ela quer agir como uma pessoa rica, mas pro mundo ela não é uma pessoa rica, ela vai criar um desajuste com o mundo. Por isso, a pessoa que não tem o poder de diferenciar a sua realidade interna com a realidade externa, ela entra em desarmonia. Então, a mentira, não é que ela não seja uma realidade, ela é uma realidade, mas é uma realidade que está em desarmonia com outras. Por isso, a verdade é mais recomendada que a mentira, mas não que a mentira seja falsa, não existe falsidade completa, como também não existe verdade completa dentro do nosso mundo. No entanto, pra harmonia com o movimento da vida, certas coisas não podem ser negadas ou inventadas. Por isso, tem livros que contam parte, contam a visão pessoal da pessoa, que pode ser interpretado como mentira. Eu lembro a primeira vez que uma pessoa chegou em mim e falou... “- Eu vi uma meditação que a gente não pensa, não pensa em nada”. Eu parei e pensei “- Gente, como é que isso é possível, não pensar em nada!?”. Sempre a gente está pensando em alguma coisa. Aí eu falei “- Olha, acho isso impossível, não pensar em nada!”. Vocês devem lembrar que em alguma palestra anterior eu falei que era impossível a gente não pensar em nada. Mas eu chego hoje e falo: é possível não pensar em nada! Aquilo que muitas vezes a gente tem como não sendo verdade, pra nós não faz parte da nossa realidade aquilo naquele momento. Hoje, pra minha realidade, é que a gente pode não pensar em nada. Se você transcende a sua mente, sua percepção de Eu Sou transcende o eu estou, você vai além da mente, onde não tem pensamento. Pensamento só existe na mente, porque a mente é feita de pensamentos, também. Por isso, nós deveríamos evitar de ficar taxando, de ficar criando cerca entre nós e entre os conhecimentos, e aceitar com naturalidade que existe. Não ficar “- Oh, isso é maravilhoso... Oh, isso é horrível.” Essa coisa de ficar sempre taxando... existe uma mania de ficar falando “- Isso é ruim... isso é bom... você é ruim... você é bom... bem me quer... mal me quer...” Isso tudo é característica de uma mente ainda muito identificada com esta dualidade. Existe um nível de consciência onde Anjos e Demônios convivem em perfeita harmonia, cada um compreendendo o papel do outro. O Demônio sabe que não pode se meter a besta com o Anjo porque o poder dele não se compara. O Anjo não fica contra o Demônio porque sabe que ele tem o papel dele. Eventualmente ele restringe o poder do Demônio, mas sem mágoa, sem raiva, sem ressentimento. Eu falo da parte do Anjo para com o Demônio... Eles vivem em perfeita harmonia. Porquê? Porque há um grau de compreensão onde não existe a identificação com essas mutações da evolução da natureza. Isso é difícil de compreender de início, mas vai chegar um ponto da consciência em que esses rótulos de bom e mau, esses rótulos de certo e errado... você fica acima disso. Isso nem tem poder sobre você e você nem quer ter poder sobre isso. Você deixa as leis imutáveis da natureza cumprirem o seu papel, simplesmente isso. Enquanto a gente fica pondo muito na cabeça “isso está certo, isso está errado”... o que eu estou ensinando para vocês no Caminho da Consciência, chega num ponto da pessoa que ela não precisa nada disso, ela já transcende a mente sem ter que fazer exercício nenhum, sem ter que ouvir uma frase, nem conceito de conhecimento, ela não precisa nada disso. De repente você está todo empolgado porque teve alguma mudança maravilhosa na sua vida, aí você chega num amigo, num colega e fala “- Nossa, vamos ver ali uma palestra, um ensinamento... umas coisas muito diferentes e mudou a minha vida... vamos lá?” Aí você: “- Não, eu não preciso disso não.” (e o colega insiste)... Não, a pessoa é que sabe o que ela precisa. E você bota na cabeça aquilo que você acha que é bom, e aí ninguém tira da sua cabeça que ela precisa daquilo. Ela não precisa daquilo não! A gente só precisa daquilo que faz a gente sair de um lugar pro outro, em busca daquilo. Chega um ponto, que a gente não vai querer mais nada, nada, a gente vai ser satisfeito com o que tem, e vai perceber que o que a gente tem não pode ser tirado nem pode ser dado, porque vem do que a gente É. Por isso, quando se desiste de buscar coisas, nem foge da dor nem busca o prazer, que se contenta com o que se É, esse é o ponto ideal. Nesse ponto, prática nenhuma é útil, é inútil. É igual a uma pessoa que dinheiro, pra ela, é só papel. Aí você chega lá com um monte de papel “- Ah, tira esse papel daqui que está me atrapalhando pra eu andar no caminho”... Tem gente que está acima dessas tranqueiras todas que a gente tem aqui! O nosso mundo é o mundo da escravidão. Tem muitas pessoas que estão libertas disso aqui! A gente é cheio de coisinhas... A vida é muito mais simples, é tão simples que a gente não precisa de nada! A gente fabrica necessidade. Mas enquanto a gente está ligado nessas necessidades, algumas coisas são melhores que outras. Mas não se apegue nisso! O Budismo tem uma história que eu acho muito útil. O barco ou a jangada só serve pra atravessar o rio; uma vez que atravessou o rio, você não deve pega-los e leva-los nas costas no caminho, andando no chão... deixa eles no rio! Os métodos pra se alcançar o outro lado do rio, o outro lado da mente, só são úteis durante um tempo, depois você tem que abandonar tudo isso. Não é fácil. A tendência da mente é de se apegar a tudo que a compõe, ela quer se tornar uma cidade enorme, cheia de coisas. Mas a gente precisa evitar essa tendência da mente pouco evoluída.

P17) Pessoas de má índole têm os mesmos resultados e poderes advindos desses exercícios?
R17) Não. Uma pessoa de má índole jamais conseguirá rodar os Faluns no corpo dela, jamais conseguirá por uma Roda da Lei no corpo dela. Uma pessoa só consegue por uma Roda da Lei no corpo dela, se ela tiver uma boa índole. Ela pode até começar com má índole, ela diz “- Ah, eu vou fazer isso, eu vou ficar todo poderoso”... Quando ela começar a por a Roda da Lei, que começar a purificar a mente dela, ela altera a natureza, a natureza dela muda. Ninguém acompanha a Roda da Lei com má índole.
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